O grande tabuleiro de “War” que é a eleição presidencial

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As eleições começaram para valer, 2014 é o ano do maior “pega” presidencial da redemocratização e não mais o ano da “copa das copas”. Mas você de fato sabe como está configurado o cenário eleitoral? Quem é o eleitor brasileiro? Quais as regras básicas da disputa? Então lhe convido a destrinchar uns números bacanas comigo para entendermos como estão posicionadas as pecinhas nesse jogo de tabuleiro (quase um war), que vence quem “conquistar” o Brasil primeiro.

Vamos as regras do “jogo” eleitoral e seus jogadores:

  • Primeiro turno em 5 de outubro. Leva quem tiver mais de 50% dos votos válidos (excluindo brancos e nulos).
  • Se não houver vencedor no primeiro turno, os dois mais votados irão para o segundo turno em 26 de outubro. Quem tiver mais votos, ganha.
  • O voto é obrigatório para quem tem entre 18 e 70 anos.
  • O voto é opcional para analfabetos, aqueles com 16 e 17 anos ou com mais de 70 anos.
  • Todas as urnas são eletrônicas.
  • É proibida a propaganda paga. Todos os candidatos terão tempo especificado no horário eleitoral gratuito na TV e no rádio. A distribuição do tempo entre os candidatos será proporcional a sua coalizão.
  • São permitidos debates transmitidos por TV e rádio. O primeiro está marcado para 26 de agosto, na TV Bandeirantes.
  • Qualquer candidato poderá renunciar e ser substituído até 20 dias antes do primeiro turno.

Os principais jogadores (apenas aqueles com mais de 3% das intenções de voto):

  • Dilma Rousseff – Partido dos Trabalhadores – PT
  • Aécio Neves – Partido da Social Democracia Brasileira – PSDB
  • Marina Silva – Partido Socialista Brasileiro – PSB
  • Everaldo Pereira – Partido Social Cristão – PSC

Mas quem é eleitor brasileiro, quanto ele ganha, estudou e onde vive?

[caption id="attachment_1454" align="aligncenter" width="676"]Fonte: DataFolha Fonte: DataFolha[/caption] [caption id="attachment_1444" align="aligncenter" width="676"]Fonte: DataFolha Fonte: DataFolha[/caption] [caption id="attachment_1445" align="aligncenter" width="676"]Fonte: DataFolha Fonte: DataFolha[/caption] [caption id="attachment_1446" align="aligncenter" width="676"]Fonte: DataFolha Fonte: DataFolha[/caption] Além de santinhos, outdoors, rádio, internet, o maior canal de comunicação com o eleitor ainda é o horário eleitoral gratuito e obrigatório em rede nacional. Porém cada partido tem porções de tempo diferentes, de acordo com o tamanho de sua coligação. E tempo de propaganda faz enorme diferença quando se quer cativar o eleitor, vejamos como está distribuído o tempo para cada candidato que participa da disputa presidencial: [caption id="attachment_1449" align="aligncenter" width="499"]Fonte: TSE; Elaboração: Itaú BBA Fonte: TSE; Elaboração: Itaú BBA[/caption]

Caso se confirme um segundo turno- o que é bastante provável dada as últimas pesquisas- os dois combatentes finais dividem pela metade o tempo de propaganda eleitoral obrigatória, o que é uma grande vantagem para aquele que for para combate final, muito provavelmente contra a Presidenta Dilma Rousseff.

Como está o jogo até agora?

[caption id="attachment_1447" align="aligncenter" width="676"]Fonte: DataFolha (18 de Agosto) Fonte: DataFolha (18 de Agosto)[/caption]

Caso o cenário do último levantamento Datafolha, do dia 18 de agosto, de fato se confirmasse existirá um segundo turno entre Dilma e Marina. Nesse confronto direto temos a seguinte estimativa (sem levar em conta brancos, nulos e indecisos):

[caption id="attachment_1448" align="aligncenter" width="476"]Fonte Fonte: DataFolha (18 de Agosto)[/caption]

De fato as eleições estão ficando cada vez mais interessantes, e na quinta-feira eu volto para discutir como os eleitores se distribuem em relação a cada um dessas candidatos, como sua renda, escolaridade afetam a escolha binomial entre Dilma e Marina ou Dilma e Aécio.

Até a próxima!

Victor Candido 1000likes

Victor Candido

Mestre em economia pela Universidade de Brasília (UnB). Economista pela Universidade Federal de Viçosa (UFV). Foi economista-chefe de uma das maiores corretoras de valores do país, economista do Banco Interamericano de Desenvolvimento e atualmente é sócio e economista de uma gestora de fundos de investimento. Foi pesquisador do CPDOC (O Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil) da FGV-RJ. Ajudou a fundar o Terraço Econômico em 2014.

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