Quem vai ficar com Bolsonaro?

“Temer causou uma mudança que talvez nem ele tenha ideia: nessas eleições presidenciais, os candidatos a vice parecem ter tanta atenção quanto os próprios cabeças de chapa.”

O trecho acima foi retirado da chamada de um dos quadros do Terraço, o “Terraço da Meia Noite”. Nesta postagem, foi destacada a possibilidade de Aldo Rabello poder vir a ser vice da chapa de Geraldo Alckmin na próxima eleição presidencial.

Interessante é que essa observação não serve apenas para Alckmin, mas para todos os demais candidatos. E como não poderia ser diferente, serve inclusive para aquele que lidera boa parte das pesquisas eleitorais (até o momento) para a presidência: o deputado Jair Bolsonaro.


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Desse modo, vamos falar um pouco sobre as opções especuladas para integrar a chapa do candidato do PSL. Essas opções podem nos ajudar a responder a uma pergunta que todos nós queremos saber: afinal, quem vai ficar com Bolsonaro?

Um general às ordens do partido

Não é questão de generalizar, mas é inegável que boa parte da base de apoio de Bolsonaro é declaradamente militarista. Esse grupo possui um certo pensamento de que apenas os militares teriam a capacidade de restaurar a ordem política, tão abalada após incontáveis casos escabrosos de corrupção.

O próprio Bolsonaro é um militar. Então, para selar um casamento perfeito, seria necessário outro milico para a chapa presidencial. O mais cotado para o posto era o general Heleno, famoso por comandar operações realizadas no Haiti e mais recentemente na intervenção no Rio de Janeiro.

Infelizmente questões partidárias impediram o desejo de renovação nacional. E o general Heleno por questões relacionadas ao seu partido (o PRP) acabou desistindo de salvar a nação brasileira.

 

Uma chapa com sangue azul

Um nome que ganhou força ultimamente como postulante a vice de Bolsonaro foi o descendente da família real portuguesa, Luiz Philippe de Orleans e Bragança. Na relativamente curta história da república brasileira, isso seria algo inédito.

O nome do membro da família real deixa a chapa de Bolsonaro com “sangue azul” e anima um nicho do eleitorado tupiniquim que vem crescendo ultimamente nas redes sociais: o grupo dos monarquistas.

Depois de vários e vários escândalos na República, não é de se estranhar (pelo menos não muito) que ainda existam os tais “monarquistas”. Mas engraçado seria se num eventual governo Bolsonaro e numa posterior ausência sua (por impeachment por exemplo) tivéssemos um príncipe governando o Brasil.

Alcançando as estrelas e plantando feijões espaciais

Outro forte postulante a vice na chapa de Bolsonaro é o astronauta Marcos Pontes. Nascido no interior de Minas Gerais, o astronauta já “alcançou as estrelas”, sendo lembrado como o primeiro brasileiro a viajar para o espaço.

Mas será que com um astronauta como vice Bolsonaro poderá mandar o Brasil para o espaço? Para ver se isso ocorre ou não, é necessário aguardar, até porque a ideia de ter Pontes como vice pode não decolar.

O motivo da não decolagem de uma chapa para disputar as eleições, não tem nada a ver com a gravidade, principal responsável pelo fracasso com os feijões plantados no espaço.

Conciliação fora e instabilidade dentro

Nome que chegou a ser praticamente sacramentado, como o de vice para Bolsonaro, foi o da deputada e professora licenciada da USP, Janaína Paschoal.


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Conhecida como a “advogada do impeachment”, devido a sua atuação, que ajudou a iniciar o processo de impedimento da ex presidente Dilma Rousseff, Janaína é considerada como uma “válvula de escape”, um ponto de conciliação com os opositores.

Mas se essa postura mais conciliadora poderia ser importante, ainda mais num país atualmente tão dividido ideologicamente como o Brasil, tal característica não é vista com bons olhos por muitos eleitores de Bolsonaro. Estes eleitores consideram que Janaína possui posicionamentos muito diferentes dos de possível cabeça de chapa, o que poderia causar rachaduras num possível governo (ou talvez um impeachment mesmo).

Mas afinal, quem vai ficar com Bolsonaro?

Pergunta difícil de responder, até porque, na política, sobretudo a brasileira, qualquer coisa pode aparecer. Como vice de Bolsonaro, outros nomes podem surgir, que vão de políticos experientes a atores do cinema nacional.

A grande pergunta que deve ficar respondida, é sobre o novo posicionamento do eleitor brasileiro, que após os últimos choques políticos passou a saber não só o nome do candidato a presidência, mas também a do seu vice e até da sua possível equipe econômica.

 

Lucas Adriano

Mestre em Economia e bacharel em Ciências Econômicas na Universidade Federal de Viçosa (UFV). Vindo de Ponte Nova (MG), cruzeirense e fã de observar a abordagem econômica sendo utilizada nos mais diversos assuntos. Espera um dia poder dar a sua contribuição para a Ciência Econômica.
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