5 Investimentos alternativos para fugir da crise

Em momentos de crise como a gerada pela pandemia da Covid-19, costumamos repensar velhos hábitos. Alguns que, inclusive, se tornam completamente inviáveis nesse cenário.

A maneira como você investe seu dinheiro é uma delas.

Você pode ainda não ter sentido com tanta intensidade esses impactos, mas eu te garanto: muita gente já sentiu.

Principalmente quem tinha como principais ativos na carteira produtos de renda fixa ou ações.

Já falamos aqui no blog sobre como montar um gráfico de alocação de ativos de forma inteligente e que sirva como mitigação de riscos.

Hoje, vamos nos aprofundar em investimentos alternativos parta fugir da crise.

O que são investimentos alternativos? 

Como o próprio nome já diz, investimentos alternativos são uma maneira diferente de investir, fugindo do modelo tradicional praticado pela maioria dos bancos e corretoras.

Na maioria dos casos, os investimentos alternativos possuem baixíssima correlação com o mercado financeiro, e estão lastreados em produtos palpáveis. Isso porque são ativos originados em outros lugares não convencionais.

Como por exemplo, um ativo judicial que se transforma em investimento, ou então uma empresa que precisa antecipar um valor para sí e dá em troca os futuros recebimentos que terá, e assim por diante.

São formas diferentes de ter uma rentabilidade atrativa que não estão dentro do seu home broker. Os ativos reais, que vêm da economia real, como os recebíveis que citei no último parágrafo, são um exemplo de investimento alternativo para fugir da crise.

Os ativos alternativos nem sempre foram visados, mas essa realidade acabou mudando.

Isso porque lá em 2008, durante a crise do subprime, os grandes investidores PRECISAVAM encontrar uma maneira de continuar rentabilizando muito, mas sem se expor à Bolsa que caía cada vez mais.

A renda fixa até era uma opção, mas o retorno era baixo e era preciso diversificar mais e estabilizar as oscilações e o risco de sua carteira, servindo inclusive como uma saída para crises futuras.

Foi assim que esses ativos começaram a se popularizar.

Lá nos Estados Unidos, os investidores começaram com bens de consumo de luxo, como vinhos, pedras preciosas e obras de arte.

Já aqui no Brasil, ainda não disseminamos tanto esse mercado de ativos alternativos como nos EUA.

O investimento em vinhos e pedras preciosas pode estar apenas nascendo no nosso país, mas outras formas de investir também estão sendo maturadas aos poucos e não estão muito atrás.

É o caso dos eSports, por exemplo.

Depois desse “boom” inicial lá no crash de 2008, e ainda agora com a crise do novo coronavírus, as pouquíssimas instituições que oferecem esse tipo de investimento se popularizaram cada vez mais, oferecendo os mais diversos produtos dentro da categoria.

5 investimentos alternativos para fugir da crise 

Vinhos

Acredite ou não, o vinho deixou de ser apenas um produto de consumo para se tornar uma maneira inteligente de aplicar seu dinheiro e fugir de crises.

O índice de referência, nesse caso, é o Liv-ex Fine Wine 100, que nos últimos 19 anos teve uma rentabilidade extremamente estável em cerca de 10,7% ao ano.

E nesse período de crise que vivemos hoje, a queda foi de somente 2,5%, quando outros ativos como ações de companhias aéreas acabaram caindo mais de 80% dentro do mesmo período.

E algo interessante que acontece é que assim como o sabor, o investimento em vinhos também melhora com o tempo, gerando um ativo de alta demanda mesmo quando se torna cada vez mais escasso.

Mogno africano

Investimentos e sustentabilidade de misturam? Eu te garanto que sim! Árvores plantadas em zonas de reflorestamento podem ser utilizadas como investimento.

Nos últimos 20 anos, o consumo global de madeira aumentou 28%, e é estimado que aumente ainda mais até 2050, com 60% do total sendo destinado ao setor de construção.

Essas árvores podem permanecer plantadas por mais 15 anos após seu período de maturação. Dessa forma, a colheita pode ser programada para atender a demanda.

Criptomoedas

Dessas aqui você com certeza já ouviu falar! Elas fizeram bastante barulho no mercado nos últimos anos e, apesar de ser uma classe mais voltada a investidores que optam por um risco mais alto, também são uma opção de investimento alternativo para fugir da crise.

O bitcoin, em específico, pode ser uma escolha para os próximos 10 anos, dado que a tendência do mercado é aceitar cada vez mais um meio de pagamento totalmente digital.

Outro motivo importante é que é provável que o bitcoin capture uma participação de 3% a 5% do mercado de ouro no médio e longo prazo.

eSports

Você talvez nunca tenha escutado sobre investimento em eSports, que nasceu na Ásia.

Uma notícia boa é que você não precisa ser um bom jogador para conseguir ganhar dinheiro com esta categoria. Você consegue ter outras opções, como investir em times através de patrocínios e até com apostas online em partidas de eSports.

A receita desse mercado no ano de 2019 chegou a US$ 148 milhões, originada através de consoles e jogos que representam praticamente metade de todo o mercado.

Os smartphones também influenciam no tamanho do mercado, já que na última década fez os games se destacarem novamente através do acesso a divulgações e interações dos campeonatos de eSports.

Este mercado pode atingir US$ 1,79 bilhões até 2022 e em esfera global, é avaliado em US$ 865 milhões de dólares, com uma taxa de crescimento de 22,3%.

É uma oportunidade nova, porém em ascensão. Nos últimos anos, o número de campeonatos tem aumentado, sendo aproximadamente 4 mil por ano, levantando US$ 655 milhões.

Títulos públicos judiciais

Aqui no Brasil, o investimento alternativo que mais se popularizou foi o título público judicial, também conhecido como precatório.

São títulos emitidos quando um ente público é processado condenado em todas as instancias e a pena envolve o pagamento de valores em dinheiro tendo como credor uma pessoa física ou empresa.

O ativo é originado a partir da compra desse título do seu credor original por um valor abaixo do valor de face, e a rentabilidade vem justamente desse deságio – ou desconto.

Por conta disso, a rentabilidade vai nas alturas, podendo chegar a mais de 20% ao ano.

Dentre os ativos citados anteriormente, este é o que mais apresenta retorno ao investidor atualmente, sendo inclusive um ativo que não exige risco alto para compensar.

Por se tratar de uma dívida do governo, que ele tem OBRIGAÇÃO de pagar, o risco é considerado o mesmo do Tesouro Direto – o investimento mais seguro do país.

Diferente dos outros ativos alternativos, o precatório existe há anos e por muito tempo, essa oportunidade estava restrita a investidores muito grandes ou institucionais.

Como uma verba é destinada apenas para o pagamento deste ativo, instabilidades de mercado não atingem sua rentabilidade: nos últimos anos, mais de R$4,5 bilhões foram pagos aos credores dos precatórios. Desde 2010, o valor pago deste ativo já subiu 122%.

Cada vez mais os entes públicos observam a necessidade de acelerar o pagamento dos títulos públicos judiciais. Principalmente para aqueles que possuem doença terminal ou estão em idades mais avançadas.

O grande impasse é que os bancos e fundos de investimentos tentaram mantê-la debaixo do tapete, já que oferecer um produto tão rentável com um risco tão baixo era uma ameaça ao modelo praticado por tanto tempo.

Mas a Hurst está mudando isso. 

Como líderes do segmento na América Latina e sendo a primeira plataforma de investimento em ativos reais no Brasil, temos como missão universalizar o acesso a esses ativos.

Oferecemos ao investidor comum, do varejo, a chance de investir como os milionários, e cortamos MUITOS intermediários e taxas que as corretoras e bancos aplicam e que levam embora uma parte considerável da rentabilidade dos produtos.

Estamos buscando por mais oportunidades dentro da categoria de ativos alternativos, como estes que você conheceu neste artigo.

Eu te convido a conhecer nossas operações e incluir os ativos reais no seu portfólio.

Ainda dá tempo de rentabilizar E MUITO mesmo durante a crise.

Originalmente postado em: https://blog.hurst.capital/blog/5-investimentos-alternativos-para-fugir-da-crise

 

Arthur Farache

Advogado e Empreendedor: mais de 12 anos de experiência em instituições financeiras internacionais e escritórios de advocacia (Citi e Machado Meyer). Criou diversas fintechs, inclusive a Desfixa - Renda Fixa, vendida em 2017 Estudou no Insper, Unifor e na USP.
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