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Na manhã desta quinta-feira o IBGE divulgou os resultados finais do PIB (Produto Interno Bruto) da economia brasileira em 2018. No último trimestre do ano passado o produto avançou apenas 0,1%, desempenho que já era esperado dado os indicadores de atividade que já eram conhecidos (como produção industrial e volume de vendas de serviços).
Desta forma, após um fraco desempenho trimestral ao longo do ano, o PIB cresceu 1,1% em 2018, desempenho exatamente igual ao de 2017 (1,1%), ainda não anulando as quedas de 2015 (-3,5%) e 2016 (-3,3%).
Para ilustrar como ainda falta chão para anular a crise que passamos, desde o seu início (2º trimestre de 2014) até agora o PIB brasileiro recuou 5,1%. A título de curiosidade, a mediana do mercado iniciou 2018 (5 de jan) esperando crescimento de 2,69% para o PIB do ano. Encerramos 1,6 pp abaixo de um crescimento esperado que também já era baixo.
Pelo lado da oferta, destaque para o baixo crescimento anual da agropecuária esse ano, comparado ao salto que salvou 2017. Por outro lado, a boa notícia é a recuperação do setor de serviços. Considerando a Formação Bruta de Capital Fixo nesse mesmo período, a queda acumulada é de 25,9%. Abrindo o fraco desempenho da indústria (0,6%), destaque negativo para a Construção, que chegando ao seu quinto ano de retração: 2014 (-2,1%), 2015 (-9%), 2016 (-10%), 2017 (-7,5%) e 2018 (-2,5%).
Já na demanda, destaque para a continuidade da recuperação nas importações, mostrando alguma melhora na demanda doméstica, confirmado pelo desempenho do consumo das famílias. Notícia boa também na FBCF, após 4 anos de queda.
Pensando em nível pré-crise, chegamos agora ao patamar do PIB que tínhamos no último trimestre de 2011.
Por fim, cabe ressaltar que o carrego estatístico para esse ano segue tenebroso, próximo de 0,4%. Vai ser difícil crescer algo como 2,5%-3,0% esse ano, mesmo com aprovação de Reforma.
Editor do Terraço Econômico