Uma das fintechs mais famosas do país, o Nubank resolveu ampliar sua cobertura no universo dos criptoativos. E, após a companhia passar a comprar e vender bitcoins e ethereum através do Nubank Cripto, eles darão o próximo passo nesse mercado com uma criptomoeda própria do banco digital.
Segundo algumas fontes da área de tecnologia do Nubank, a companhia tem desenvolvido uma criptomoeda própria e seu lançamento está previsto para 2023 – mas quando questionado sobre esse novo modelo de investimentos, o banco digital apontou que não comentaria nada a respeito. Para este projeto, a fintech destacou uma equipe de tecnologia para o desenvolvimento do ativo digital. Sendo que em maio deste ano, a empresa anunciou uma parceria com a startup Paxus Trust, que é especializada em blockchain. A parceria tinha como intuito possibilitar o serviço de negociação de criptomoedas através do aplicativo do banco digital.
Na ocasião, o banco digital chegou a afirmar que menos de um mês após o lançamento da novidade, sua plataforma de comercialização de criptos tinha alcançado a impressionante marca de 1 milhão de clientes.
A medida do banco de criar sua própria criptomoeda ocorre em um momento de aumento do interesse das instituições financeiras tradicionais em disponibilizar modalidades de investimentos mais arriscadas. Nas últimas semanas, por exemplo, o Itaú apontou que têm estudado a possibilidade de adicionar criptoativos em sua carteira, já o Santander veio a público revelar a liberação dos ativos digitais para os seus clientes.
Contudo, não são apenas os bancos brasileiros que estão se aproximando cada vez mais dos ativos digitais. Isso porque há algum tempo existem casas de apostas que aceitam bitcoin no país, já que muitos apostadores prezam pela segurança e privacidade proporcionada pelas criptomoedas. Além disso, as operadoras listadas pelo apostasesportivas24.com oferecem alguns incentivos para os clientes que utilizam esses ativos digitais, como bônus de boas-vindas generosos e até apostas gratuitas.
Mudanças na fintech
Na última semana, o Nubank anunciou que irá adotar um novo modelo operacional de gestão, realizando algumas alterações no alto escalão da fintech. O criador da companhia, David Vélez, continuará como CEO global do banco digital, que tem operações no Brasil, Colômbia e México. Contudo, o cargo de presidente será ocupado por Youssef Lahrech, que atualmente é diretor de operação da fintech, mas com o novo posto estará abaixo apenas de Vélez.
De acordo com Vélez, o Nubank deixou de ser apenas uma operadora de cartão de crédito com atuação no Brasil para ser uma plataforma de serviços financeiros que atua em diversos países. Por conta disso, a empresa precisava adotar um novo modelo de gestão. Segundo o CEO global, a ideia é priorizar uma estratégia de longo prazo, desenvolvendo produtos e focando na expansão para novos mercados. O Nubank ainda também anunciou a chegada de Jag Duggal, ex-funcionário do Facebook, que ocupará o posto de diretor de produtos.
Nessa leva de mudanças, o Nubank também anunciou o lucro líquido da empresa referente ao segundo trimestre de 2022. De acordo com o banco digital, seu lucro líquido ajustado no período foi de US$ 17 milhões, sendo que o Brasil, seu maior mercado, representa US$ 13 milhões desse montante. Vale lembrar que a fintech chegou a 65,3 milhões de clientes.
Com o anúncio do balanço trimestral, as ações do banco digital chegaram a crescer 16% na bolsa de Nova York, sendo que a fintech também revelou um crescimento de 230% na sua receita total, que foi de 1,2 bilhão de dólares no segundo trimestre de 2022. Segundo os analistas do Citi, levando as principais métricas do mercado, este foi um trimestre sólido para o banco digital, tendo um destaque especial para a sua receita.
Helena Pereira
Copywriter e especialista em mercados
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