Alocação de Ativos: como montar o seu gráfico de pizza

Hoje vamos falar sobre outro assunto que com certeza vai te ajudar a entender melhor como investir de maneira mais inteligente. Você sabe como pode otimizar suas aplicações através da Alocação de Ativos?

No Brasil, é muito comum que o gráfico de pizza daquele investidor que acabou de começar a aplicar seu capital seja representado da seguinte forma:

Alocação de Ativos: 100% Renda Fixa + Reserva de Emergência.

renda fixa é tão atrativa para quem está começando porque tem um risco controlado – quem investe em títulos do governo como o Tesouro Direto, por exemplo, dificilmente vai perder dinheiro na operação.

Por muitos anos a renda fixa também foi uma opção bastante rentável tendo em vista que historicamente o Brasil sempre pagou uma das maiores taxas de juros do mercado.

Ah, tudo isso sem contar a famigerada Poupança, que também é Renda Fixa.

Ela rende tão pouco, mas faz parte da nossa cultura.

Quem não tem um avô ou avó que “abriu uma poupança pro netinho” ou algo parecido que atire a primeira pedra.

Porém, nos últimos anos a rentabilidade desse tipo de investimento tem caído cada vez mais.

Desde agosto de 2016 a taxa básica de juros, a Selic, tem atingindo baixas históricas, nunca antes vistas no nosso país.

O que é Alocação de Ativos? 

Alocação de Ativos nada mais é do que diversificar sua carteira de investimentos. Isso quer dizer que, com uma alocação bem feita, você vai deixar de aplicar todo seu dinheiro em um só tipo de ativo e vai passar a investir percentuais em diferentes tipos de investimentos. 

Alguns investidores ao perceberem que a renda fixa não tem mais sido tão interessante, têm começado a apostar em uma alocação mais arrojada.

Normalmente a estratégia que utilizam é a seguinte:

Alocação de Ativos: 85% Renda Fixa + Reserva de Emergência e 15% Renda Variável.

Aplica assim quem começa a investir a partir de conselhos de gerente do banco ou da corretora (geralmente do primeiro).

O investimento está quase que totalmente na renda fixa, mas tem um pouquinho de renda variável (Ações) por meio de fundo de investimentos ou produtos bancários, quase sempre empacotados pelo próprio banco.

Aplicar uma grande parcela do dinheiro em renda fixa e o restante em fundos de investimento é, sim, uma estratégia de Alocação de Ativos, mas pode não ser tão efetiva assim: a rentabilidade aumenta pouco e o risco bem mais, porque muitas vezes você não sabe exatamente o que compõe esse produto empacotado pela instituição financeira.

Os fundos de investimento em renda variável são uma classe de ativos que estão totalmente à mercê da volatilidade da Bolsa de Valores, o que pode fazer com que uma parte do montante investido seja perdida.

Por conta disso, de fato, há um rendimento maior, já que o risco é compensado pelo retorno.

Há quem se empolgue demais com esse vislumbre de uma rentabilidade tão grande e opte por aplicar a maior parte do capital em renda variável.

O gráfico desse investidor fica mais ou menos assim:

Alocação de Ativos: 60% Renda Fixa + Reserva de Emergência e 40% Renda Variável.

Pensando em rentabilidade, de fato parece interessante.

Mas você já deve ter visto nos últimos meses o que acontece com a Bolsa ao menor sinal de alguma instabilidade política ou até mesmo diante de fatores que estão fora do alcance de qualquer pessoa – como foi o caso da pandemia da Covid-19.

Esse investidor que decidiu alocar 60% do seu capital em Ações, portanto, perdeu dinheiro nesse processo.

E não foi pouco.

Qual é a melhor estratégia para Alocação de Ativos? 

Mas então, de que forma utilizar a estratégia de Alocação de Ativos de maneira inteligente?

Nós analisamos diversos casos e hoje vamos compartilhar de que maneira, em geral, os investidores mais ricos têm diversificado suas operações. 

Claro que o gráfico abaixo é genérico, uma estimativa.

Mas, em geral é assim que investe o milionário, principalmente fora do Brasil, onde os Ativos Reais são uma categoria de investimento muito mais consolidada.

Alocação de Ativos Ideal: 45% Renda Fixa + Reserva de Emergência, 30% Renda Variável e 25% Ativos Reais.

Esse método de Alocação de Ativos pode ser interessante já que mescla a segurança da renda fixa (e a liquidez de uma reserva de emergência ainda dentro dessa modalidade) e a rentabilidade da renda variável.

O “tempero” fica por conta da porcentagem aplicada em Ativos Reais: como não canso de afirmar em todas as comunicações da Hurst, essa classe de investimentos tem uma rentabilidade que é, em média, três vezes maior do que a da renda fixa e não está submetida ao sobe e desce da Bolsa.

Ou seja, ela proporciona o melhor dos dois mundos.

Dessa maneira, apostando em uma estratégia de Alocação de Ativos que reúna essas três classes de ativos, é possível de fato aproveitar os benefícios de cada uma das aplicações e compensar o lado ruim.

É claro que tudo isso (a porcentagem aplicada, qual o tipo de ativo dentro do guarda-chuva dos ativos reais e financeiros, dentre outras especificidades) deve ser decidido com base no seu próprio perfil de investidor e com os objetivos que você tem em mente ao investir.

Porém, o conselho que eu te dou hoje é repensar a sua estratégia de Alocação de Ativos utilizando como base os exemplos que citei.

Caso você decida que, de fato, as opções que te apresentei possam beneficiar sua carteira de investimentos, te convido a conhecer o trabalho que realizamos aqui na Hurst.

Nosso objetivo é que cada vez mais pessoas conheçam os benefícios de aplicar capital em Ativos Reais e levar essa oportunidade à pessoa física – o que antes só era possível por intermédio de bancos e instituições financeiras para investidores com mais de R$1 milhão em investimentos. 

Continue acompanhando nossas postagens para entender mais sobre o mercado de Ativos Reais.

Escrevemos também um post que acho que pode te interessar, sobre a diferença entre Ativos Reais e Ativos Financeiros.  

Até a próxima!

Originalmente postado em: https://blog.hurst.capital/blog/alocacao-de-ativos

 

Arthur Farache

Advogado e Empreendedor: mais de 12 anos de experiência em instituições financeiras internacionais e escritórios de advocacia (Citi e Machado Meyer). Criou diversas fintechs, inclusive a Desfixa - Renda Fixa, vendida em 2017 Estudou no Insper, Unifor e na USP.
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