Economia Real: O que é?

Economia real é toda a parte da economia responsável por gerar a riqueza que nos impacta diretamente

Ela se contrapõe à economia de papel criada pelo mercado financeiro, que é a geração de ganhos financeiros através da transferência de recursos entre poupadores e tomadores que possuam projetos rentáveis.

Alguns exemplos de índices ligados à economia real são as taxas de emprego (e também de desemprego), PIB, inflação e indústrias.

Como a economia real funciona? 

Para te explicar como a economia real funciona, vamos a um exemplo:

Imagine uma obra para construção de um prédio comercial. Além da geração de empregos e movimentação da economia no momento em que o imóvel de fato começar a ser ocupado por escritórios e empresas – que já é um exemplo de como a economia real funciona – há uma outra dinâmica de geração de riquezas intrínseca.

Essa obra empregou um arquiteto, que decidiu usar o salário para comprar um carro, gerando lucro para o dono da concessionária que, por sua vez, usou o dinheiro em uma viagem, se hospedando em uma pousada. O valor da diária possibilitou que a dona do estabelecimento pagasse sua camareira, que renovou o guarda-roupa das filhas para o inverno, movimentando a economia local, e assim por diante.

Note que a todo momento, o investimento inicial em apenas um imóvel pode causar efeitos positivos para várias outras pessoas de vários setores diferentes.

Essa é a economia real em funcionamento. 

Quais os ativos que compõem a economia real? 

Os Ativos Reais são uma classe de ativos (bens, direitos, valor e crédito a receber) que está diretamente relacionada à movimentação da economia real.

Enquanto no mercado financeiro os investimentos estão ligados a títulos e contratos, como os produtos de renda fixa ou ações, na economia real o investidor aplica dinheiro em ativos que irão ajudar a impactar positivamente a sociedade.

Podemos citar como exemplos os ativos imobiliários, ativos empresariais, ativos judiciais, ativos florestais e fundos para a abertura de novas empresas.

Por que investir na economia real? 

Investir em ativos ligados à economia real é gerar lucro para o investidor ao mesmo tempo em que se beneficia a sociedade como um todo.

Em primeiro lugar, vale lembrar que o retorno desse tipo de investimento tem sido bem alto se comparado às aplicações em renda fixa, tão populares no Brasil, mas que historicamente nunca pagaram tão pouco.

Se para você o principal atrativo de uma operação é o baixo risco, investir em ativos ligados à Economia Real pode ser um caminho interessante. Por se tratar de bens que estão inseridos na economia e que geram valor naturalmente, a garantia de retorno desse tipo de aplicação também pode ser o próprio ativo.

Se você investe dinheiro na compra de um terreno e construção de uma casa, por exemplo, é improvável que você perca o dinheiro aplicado, já que ela se torna um bem que tende a se valorizar de acordo com o funcionamento da economia e que pertence a você.

Neste exemplo em específico, pode haver prejuízo caso você decida vender o imóvel e, por algum motivo, ele esteja desvalorizado. Mas a chance de o capital investido sumir, como em alguns tipos de investimento do mercado financeiro, é mais difícil.

Para quem busca maior controle e segurança, um dos benefícios desse tipo de aplicação pode ser também o fato de esses ativos estarem fora da Bolsa de Valores e, assim, não serem afetados pelas suas oscilações.

Mas o principal motivo que tem feito muitos investidores incluírem os ativos reais em seus portfólios diz respeito à diversificação.

Como estamos falando de um ativo que não sofre com as oscilações do mercado financeiro, está fora da Bolsa e não se encaixa no conceito de renda fixa, a diversificação é muito maior.

Estamos falando de uma maneira totalmente diferente de investir. 

Como investir na economia real?   

Muitas pessoas investem na economia real diariamente. É o caso da dona da pousada, por exemplo, que adquiriu um imóvel (ativo real), para que as pessoas pudessem se hospedar, e essa ação gera riquezas tanto para a dona da pousada, quanto para a loja em que ela foi comprar as roupas para as suas filhas e assim sucessivamente.

Outras pessoas investem no mesmo tipo de bem, mas através de meios diferentes, como em construções para posteriormente vender o imóvel ou rentabilizar através do aluguel. Em qualquer um desses exemplos, a economia real continua girando e originando benefícios.

Também existe a possibilidade de investir em ativos empresariais, que estão ligados a recebíveis de empresas (duplicatas, direitos creditórios de contratos, recebíveis de cartão de crédito) e máquinas e equipamentos de infraestrutura que possam potencializar a produção de uma empresa ou indústria.

Já no caso de ativos judiciais, é possível investir adquirindo um ativo de origem privada ou pública, como por exemplo os precatórios, que são ordens judiciais de pagamento emitidas pelo tribunal estadual ou federal e que beneficiam uma pessoa física ou jurídica.

Nesse caso, o investimento é feito através da compra desse ativo pelo valor de face, gerando liquidez para o beneficiário e, como este ativo possui correção monetária, a rentabilidade passada ao investidor acaba sendo expressiva podendo chegar a 20% ao ano. 

Durante muito tempo somente os grandes bancos forneciam investimentos em ativos reais e estes ativos eram direcionados apenas para investidores qualificados.

A Hurst Capital é a primeira plataforma de investimentos em ativos reais do Brasil, e nasceu com o propósito de facilitar o acesso do investidor a ativos que integrassem a economia real e ajudassem a sociedade.

Originalmente postado em: https://blog.hurst.capital/blog/economia-real

Arthur Farache

Advogado e Empreendedor: mais de 12 anos de experiência em instituições financeiras internacionais e escritórios de advocacia (Citi e Machado Meyer). Criou diversas fintechs, inclusive a Desfixa - Renda Fixa, vendida em 2017 Estudou no Insper, Unifor e na USP.
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