Dentro do sistema financeiro tradicional, você precisa de alguns intermediários para conseguir comprar e vender alguns ativos – esses meios podem ser bancos ou corretoras. Quando falamos em Finanças Descentralizadas (DeFi) nem sempre isso é verdade, mas é válido entender que podem existir intermediários: são as exchanges, que abordaremos aqui neste artigo.
Levando em conta que talvez você tenha mais familiaridade com conceitos do sistema financeiro tradicional, avisamos desde já: incluiremos analogias com o que provavelmente você já conhece para facilitar o entendimento. Vamos lá!
Vamos do começo, então: o que são exchanges?
Exchanges nada mais são do que corretoras de criptomoedas, o espaço onde você abre uma conta e passa a ter acesso a serviços que, basicamente, envolvem a compra, venda e armazenagem de criptomoedas. No caso da Bitso, você pode inclusive receber rendimentos de passivos, através do Bitso+.
Para muitas pessoas trata-se de uma saída da zona de conforto no momento em que se decide não apenas ter uma conta em um banco mas também abrir a conta em uma corretora. É gerente ligando dizendo que “é má ideia”, é aquele seu parente avisando que “bolsa é cassino”… Faltarão profetas do apocalipse explicando que você está prestes a cometer um erro.
Esse tipo de impressão costuma vir do desconhecimento ou mesmo do medo de se deparar com um mundo muito mais complexo do que aquele em que as opções são basicamente a poupança ou o CDB. E, se esse receio já é bastante presente com ativos tradicionais como ações, imagine o que acontece quando se fala em criptomoedas.
O conhecimento é o melhor recurso contra o medo. A partir do momento em que você entende melhor como algo funciona, tende a tomar melhores decisões porque acaba unindo o que aprendeu ao que se encaixa melhor para seu perfil.
Se pudermos resumir em poucas palavras o que é uma exchange, diríamos que funcionam como verdadeiras casas de câmbio, em que os ativos disponíveis são as criptomoedas.
Para que servem as exchanges?
Demos essa pequena volta apenas para te contar uma coisa: tal qual dizia o tio do Homem-Aranha, não se esqueça que com grandes poderes (o de escolher mais amplamente entre ativos diferentes) vêm grandes responsabilidades, ou seja, a possibilidade de encarar potencial volatilidade maior é algo do qual você deve estar ciente antes de entrar nesse mercado. Então tomar uma decisão adequada em relação a como ser intermediado nesse novo mundo faz toda a diferença.
A utilidade de uma exchange pode se dividir em basicamente dois aspectos: primeiramente, o básico “o que ela consegue fazer” e, de maneira mais aprofundada, “como ela faz isso na prática”. Não, a ideia aqui não é te mostrar o operacional de programação de uma corretora de criptomoedas, mas apontar para três aspectos que importam bastante na escolha.
Em relação ao primeiro ponto, a grande maioria das exchanges permite que você compre e venda criptomoedas sendo essa a sua função principal. Porém, através de algumas é possível também realizar operações um pouco mais complicadas de mercado, por exemplo comprar derivativos e ativar outras funcionalidades como as conversões agendadas, compra e venda automática de ativos em determinado nível de preço.
Ah! Funções específicas como ganho sobre saldo parado – na Bitso isso é possível ativando o chamado Bitso+ – também podem estar presentes.
Já sobre a segunda parte leva em conta a utilização, a experiência que quem utiliza tem em termos práticos. Aqui entram perguntas importantes como: é rápido para abrir a conta? Uma vez que você abriu, quão rápido o dinheiro enviado fica disponível nela? A negociação é fácil de ser feita? Há rapidez nas transações? Se você ficar emperrado em algum ponto e precisar de ajuda, o suporte será eficiente e resolverá o problema?
Existe ainda um terceiro nível que pode ser observado ainda, que é a quantidade de itens na prateleira da exchange. É válido pesquisar, antes mesmo de abrir uma conta em qualquer exchange, quais as criptomoedas que você pode comprar através daquela plataforma, pois existem literalmente centenas de projetos e nem todos estarão naquela que você escolher, beleza?
Se cripto é algo descentralizado… Exchange pra quê?
A grande novidade do universo cripto realmente é a descentralização, a possibilidade existente de transacionar sem necessariamente ter alguma entidade, empresa ou órgão de olho no que você faz, o que traz mais liberdade de atuação. Porém, existem ao menos quatro motivos que ajudam a entender como usar uma corretora pode ser boa ideia.
Primeiramente, o contato com o universo cripto pode soar um pouco áspero no início. Trata-se de um mercado que nunca dorme, que envolve muita tecnologia em constante evolução e com aspectos que podem te distrair na tomada de decisão. Realizar operações por meio de uma exchange pode reduzir os ruídos envolvidos nisso tudo, pois assim não é preciso encontrar meios específicos para negociar criptomoedas, a plataforma padronizará isso para você.
Ainda sobre esse primeiro ponto, cabe apontar que um dos meios de democratizar o acesso ao universo cripto é justamente através de uma conta numa corretora, porque nelas fica muito mais fácil iniciar essa caminhada – que, dessa maneira, passa de “algo muito específico e complicado de fazer” para um meio de negociação mais simples e direto do que você imaginava.
Como segundo motivo temos “a quem recorrer se algo der problema”. Lembra do ponto “o que uma exchange faz na prática”? Então, atendimento em caso de dúvidas é algo que você deve pesquisar antes mesmo de abrir sua conta em uma exchange. Negociando livremente entre partes, se você tiver problemas, não terá basicamente para quem “reclamar” ou solicitar ajuda, mas estando em uma exchange a situação fica mais tranquila a depender desse atendimento.
Vale lembrar também, como um terceiro ponto, que as Exchanges são responsáveis pela custódia das carteiras (contas) individuais dos usuários. Assim, você não precisa se preocupar caso perca os dados de acesso sendo possível recuperar o acesso a sua carteira sempre que necessitar.
Já no quarto aspecto de vantagem para se usar uma exchange, temos a centralização de operações. É possível comprar projetos diferentes de criptomoedas de maneira direta, mas é ainda mais interessante se, de uma maneira concentrada e padronizada, você puder comprar diferentes projetos de uma vez só.
Tá, vamos admitir, há um ponto extra: as corretoras disponibilizam possibilidades de operações – como a já mencionada compra de derivativos e até estratégias contrárias às tradicionais de compra, ou o chamado short – que você muito dificilmente conseguiria sem elas.
Como escolher uma exchange?
Lembra quando te contamos que você poderia ir muito além da dupla poupança & CDB que o gerente do banco te oferece há tantos anos? Não será uma surpresa se, nessa sua lembrança, tiver alguma grande amizade que tenha te contado sobre como as corretoras funcionam e até ter te indicado alguma como sendo boa ideia.
Quando falamos em criptomoedas a questão é um pouco diferente: geralmente, quando o assunto é o mercado cripto, os temas abordados se resumem aos projetos em si e pouco é falado sobre como fazer para comprar esses ativos. Isso pode fazer com que as pessoas que poderiam entrar nesse mercado acabem desistindo. Aliás, facilitar a compra de criptoativos é uma das principais funções das corretoras.
Buscando te ajudar nessa missão, aqui damos algumas dicas do que observar antes de abrir conta em alguma exchange:
- Como ela existe: pesquise sobre o histórico de atuação, de onde ela é e quais são os registros relevantes que comprovam que sua atuação faz algum sentido e você não está apenas prestes a enviar seu dinheiro a algum golpe;
- Como ela é percebida: dizem que hoje você só compra um produto ou serviço por engano se quiser, tamanha a quantidade de informações disponíveis sobre basicamente tudo na internet; pesquisar um pouco sobre a reputação da exchange é importante;
- Custos de operação: assim como em uma corretora comum, nas exchanges também existem taxas para que você possa fazer as operações, é o que você paga pela praticidade e padronização daquela plataforma.
Nessa pesquisa você acaba encontrando não apenas informações sobre o funcionamento como também operacionalização das coisas (o dia a dia de quem tem conta naquela corretora) e ainda sobre algo que também importa muito a quem utiliza esse universo: a segurança.
Aqui neste ponto, vale procurar por exemplo se a exchange obedece a alguma normativa ou regulação – no caso da Bitso, por exemplo, ela é regulada pela Comissão de Serviços Financeiros de Gibraltar, o que lhe confere mais segurança.
Então exchange é uma boa ideia?
Se você não tem envolvimento com o universo cripto há tempo o suficiente para realizar operações de maneira mais direta e gostaria de ter uma maior padronização de atuação quando o assunto são as criptomoedas, ter uma conta em uma exchange é sim uma boa ideia.
Não deixe de conferir mais conteúdos sobre o universo cripto aqui nesta coluna e também no Blog da Bitso!