Petrobras, Parente e Petróleo

Leonardo Palhuca

Michel Temer assumiu a presidência interina do Brasil no dia 11 de maio, durante a tarde. No dia 20 de maio o novo CEO da Petrobras foi anunciado e o nome agradou o mercado: Pedro Parente. Para alívio de todos, no dia 30 de maio o Conselho de Administração aprovou o seu nome.

Para finalizar, o dólar vem se desvalorizando e o preço do petróleo caindo no período. Ufa! Tanta coisa que pode ter afetado o preço da ação da nossa querida estatal.

Então, temos algumas forças distintas atuando ao mesmo tempo para:

Valorizar as ações da Petrobras:

1 – Novo CEO com sua reconhecida competência.

2 – Valorização do Real, já que a Petrobras ainda importa petróleo leve para refinar e esse insumo fica mais barato em real.

Desvalorizar as ações da Petrobras:

1 – Queda do preço internacional do petróleo. Em teoria, se o preço de seu produto fica mais barato no mercado, você terá menos lucro.

2 – Retração econômica ainda forte no Brasil (com menos uso de combustíveis).

Quem está ganhando? Bem, parece que as forças ao lado de Michelzinho vêm ganhando. As ações preferenciais da nossa petroleira (PETR4) já ganharam quase 22% (em reais) desde a posse de Temer e, com a ajuda da valorização da nossa moeda, 34% em dólares. Mesmo com a queda de quase 6% do preço do petróleo, a Petrobras vem se dando bem.

Seria o preço de PETR4 um sinal de que as expectativas para a economia brasileira realmente melhoraram? Ou isso era só o desconto pela má administração na estatal?

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Leonardo Palhuca

Doutorando em Economia pela Albert-Ludwigs-Universität Freiburg. Interessado em macroeconomia - política monetária e política fiscal - e no buraco negro das instituições. Escreveu para o Terraço Econômico entre 2014 e 2018.
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