A economia dos influenciadores digitais

Você certamente já se deparou com algum influenciador falando sobre algum produto ou serviço enquanto inocentemente descia a tela do seu celular no Instagram ou no Facebook, certo?

Você talvez até pensou em quanto essa pessoa estaria ganhando para divulgar aquele conteúdo, mas tenho quase certeza que não imagina o tamanho real do mercado dos influenciadores. Spoiler: passa da casa dos bilhões de dólares. E só sobe.

Vamos aos dados então!

Um mercado que só cresce

De acordo com pesquisas recentes, a indústria dos influenciadores digitais (e aqui entram os influenciadores, agências de marketing, canais de mídia, equipes de produção de conteúdo. etc) já está quase chegando nos US$ 10 bilhões em 2020, sendo que em 2016 não passava dos US$ 2 bilhões. Portanto, nesse curto período de tempo o mercado praticamente se multiplicou por 5: não é pouca coisa.

Entre as plataformas preferidas dos influenciadores e das marcas, dominam 75% do mercado de mídia o (1) Instagram, (2) Youtube e (3) Facebook. Apesar de pouco representativa em relação ao market share, o Tik Tok vem ganhando espaço principalmente entre jovens, e as marcas estão de olho nisso.

De acordo com o levantamento feito pela Betway, site de roleta online, os influenciadores digitais impactam de forma determinante no ato de compra de pessoas comuns, como eu e você. Alguns dados chamam a atenção nessa pesquisa, 73% dos usuários de redes sociais já efetuaram uma compra por conta de influenciador; 55% pesquisam a opinião de influenciador antes de comprar um produto e; 86% já descobriram um produto por conta de um influenciador.

Mas afinal, quem são essas pessoas que influenciam tanta gente?

Esse mesmo estudo trouxe quais são esses perfis das redes sociais que tem essa capacidade de influenciar tanta gente. Os nomes são bem conhecidos, mas os nichos de atuação mudam em cada um deles: entretenimento em geral é marca registrada, mas há influenciadores focados no segmento de beleza, culinária, esportes e muitos outros.

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 Felipe Neto, Manu Gavassi, Neymar e Gabriela Pugliese são nomes conhecidos nas redes, e faturam até R$1 milhão por publicação, dependendo do número de seguidores e do engajamento da página. Nada mal!

Com mais celulares do que pessoas no Brasil (e em vários lugares do mundo), esse movimento só tende a se intensificar nos próximos anos. As empresas já perceberam que conquistar um cliente pode ser bem mais simples quando uma pessoa confiável consegue convencê-la que aquele produto ou serviço é bom e vale a pena ser adquirido.

E a lógica para uma empresa investir tanto num influencer é bem simples: obter a atenção das pessoas. Com tantos conteúdos rolando no feed, stories e vídeos, é super difícil atrair a atenção das milhões de pessoas que estão passando o tempo ali e esperam ver alguma coisa impactante. Assim, um influenciador que já tem uma base relevante de seguidores auxilia as empresas a entregarem valor (seja produtos ou serviços ou ainda fortalecer a marca) e atraírem a atenção dos potenciais consumidores.

Não é à toa, portanto, que o crescimento desse mercado seja maior que dois dígitos nos últimos anos.

Arthur Solow

Economista nato da Escola de Economia de São Paulo da FGV. Parente distante - diz ele - do prêmio Nobel de Economia Robert Solow, que, segundo rumores, utilizava um nome artístico haja vista a complexidade do sobrenome. Pós graduado na FGV em Business Analytics e Big Data, pois, afinal, a verdade encontra-se nos dados. Fez de tudo um pouco: foi analista de crédito e carteiras para FIDCs; depois trabalhou com planejamento estratégico e análise de dados; em seguida uma experiência em assessoria política na ALESP e atualmente é especialista em Educação Financeira em uma fintech. E no meio do caminho ainda arrumou tempo para fundar o Terraço Econômico em 2014 =)
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