Bruno Cézar | Campo Largo-PR

Especial Eleições Municipais 2020

Sou Bruno Cézar da Cruz, 28 anos, graduado em Licenciatura em Filosofia,  Pós Graduado em Diplomacia e Relações Internacionais. Também estudei Tecnologia  em Marketing, ramo que sempre atuei profissionalmente. Atualmente, estudo Direito.  O ambiente de sala de aula sempre me cativou, tanto na posição de aluno, quando na  função de docente. 

Minha atuação profissional se deu na maior parte do tempo em agência de  Marketing Digital. Desde os meus 15 anos, quando ingressei no mercado de trabalho  como estagiário, acompanhei especialmente a evolução das redes sociais e o impacto  delas no mercado. Nos últimos três anos atuo em uma EPP do setor têxtil que  emprega mais de 10 colaboradores, onde fabricamos tecidos sintéticos para  coberturas em geral. O meu principal foco aqui é inserir o produto no cenário digital.  Desde que iniciei este trabalho, já tivemos um aumento acumulado de quase 200%  nas vendas pela internet, e hoje, mais de 50% da receita bruta da empresa provém  do ecommerce que administro. 

Neste ano de 2020, mesmo diante do recuo mundial causado pela pandemia  do Coronavírus, nossa expectativa é de um crescimento significativo de 30% em  relação ao ano anterior. Isso já consolidou até o presente momento e resultou em  iniciativas de expansão do negócio. Um novo prédio está sendo construído e novos  maquinários foram adquiridos com o intuito de dobrar a capacidade produtiva da  empresa. Mais empregos diretos também devem ser gerados até o final do ano. O  investimento chega perto de meio milhão de reais de recursos próprios alavancados  pelo aumento de vendas. 

Sou natural e residente em Campo Largo, região metropolitana de Curitiba. A  cidade com pouco mais de 130.000 habitantes está a cerca de 30km da Capital e  detém o título de Capital Nacional da Louça. Nela estão instaladas grandes indústrias  da Cerâmica e da Porcelana, responsáveis pela geração de grande parcela dos  empregos e fonte de rendas do município. 

Campo Largo é uma cidade em desenvolvimento e com grande potencial de  expansão e crescimento. A proximidade com a capital Curitiba, e a impossibilidade de expansão da região metropolitana para outros lados, deram a Campo Largo a chance  de receber muitos habitantes novos, vindos de outras cidades do próprio Estado do  Paraná ou até mesmo de outras regiões do Brasil. Se de um lado isso é um potencial,  o simples emprego de uma análise SWOT deste cenário revela uma ameaça: Campo  Largo precisa criar meios de evitar tornar-se uma cidade dormitório e deixar que os  recursos de seus munícipes escapem para as cidades vizinhas onde trabalham e  passam a maior parte dos seus dias. 

A cidade que ocupa uma área quase 3 vezes maior que a própria capital (cerca  de 1.250km²) tem uma arrecadação anual de pouco mais de 300 milhões de reais.  Enquanto que Araucária, cidade vizinha que divide limites com Campo Largo e que  possui praticamente a mesma área de Curitiba (aproximadamente 450km²), possui  uma arrecadação anual de quase 1 bilhão de reais, ou seja, três vezes mais do que  Campo Largo. Esses números demonstram que a cidade precisa muito da habilidade  de seus governantes para que o emprego de recursos seja adequado e atenda às  necessidades do seu povo. 

Aqui em Campo Largo já coordenei e participei de muitas iniciativas de  assistência social e formação da população mais vulnerável. Assim como em várias  outras cidades do Brasil, Campo Largo possui áreas de ocupação ilegal onde o  assentamento das famílias acaba acontecendo pela invasão de propriedades de  órgãos governamentais ou do próprio Estado ou Município. Em um dos trabalhos junto  a comunidades em situação de vulnerabilidade intercedemos pelo fornecimento de  água potável, o que até a nossa chegada naquele lugar não era uma realidade,  auxiliamos com assessoria jurídica para solução de conflitos do povo local e  prestamos assistência social com fornecimento de alimentos, remédios e outros meios  básicos de subsistência. 

Da soma desta prática social com os estudos que faço acerca de política despertei para o processo eleitoral e para a possibilidade de exercer a função de  vereança, tendo em vista explorar as capacidades de Campo Largo e minorar os  incontáveis problemas do município. 

Tenho a convicção de que tanto a vida pública como o cenário político são  vistos pela grande maioria da população como ambientes depravados. No processo  de tomada de decisão deparei-me com esta rejeição em mim mesmo. Cheguei e me  perguntar: A troco de que vou me expor e correr risco com tudo isso?

A resposta que calou toda essa insegurança adveio do ímpeto de colaborar e  da vontade de fazer a diferença, especialmente para aqueles menos favorecidos, os  mais necessitados. Provavelmente, interferiu muito nesta decisão a formação que  recebi enquanto estive em processo de discernimento para a vida religiosa. Fui  seminarista por um bom tempo, e lá tive contato com o Evangelho, mas sobretudo  com o povo que crê, tem esperanças no seu Deus. 

Depois de ter tomado a decisão de pleitear um cargo de vereador comecei a  cumprir com as obrigações para tanto. No processo de escolha do partido busquei  ingressar num grupo que mais se aproximasse das minhas convicções políticas.  Acredito na constituição tripartite de ideologias e na soma delas. Temos de um lado  os Conservadores pela manutenção de valores fundamentais e pelo sentimento  nacionalista; mais ao centro os Liberais com a defesa do livre comércio, da iniciativa  privada, dentre outras liberdades individuais; e no outro extremo os Socialistas que  lutam pela assistência do Estado e pelas liberdades civis. Em todas essas correntes  vejo pontos positivos a serem explorados, muito embora a nossa educação cultural  nos conduza à falsa crença de que temos esquerda e direita em um duelo  sanguinolento. 

A tarefa de ingressar em um partido político e de escolher uma legenda não é  fácil também pela condicionante de oportunidades. No meu caso, embora não dê  apoio irrestrito e incondicional às ideias e, principalmente, aos nomes da sigla, foi este  fator oportunidade que mais pesou na minha escolha pelo PSL. Por fim, destaco ainda  que sei reconhecer que em um país como o Brasil, de proporções continentais, é muito  difícil que um partido consiga manter um discurso uníssono em todo o território  nacional. Isso significa que o PSL de Campo Largo tem compatibilidades com o PSL  Nacional, na mesma proporção que tem incompatibilidades. 

Tendo tomado a decisão de concorrer nas eleições e tendo ingressado em um  partido, dediquei-me então na tarefa de compor uma plataforma. Para isso, utilizei de todo o meu arcabouço de conhecimentos que adquiri ao longo do tempo, seja no plano  teórico e no plano empírico. 

Minha atuação deverá acontecer na Câmara Legislativa municipal tendo em  vista atender a um elemento que considero essencial: eficiência. Não só o trabalho do  vereador deve ser eficiente. Também o agricultor, o motorista, a doméstica, o  engenheiro, o governador, o pequeno empresário, enfim, todos aqueles que  estabelecem relações de consumo ou de prestação de serviços, hodiernamente,

devem respirar tendo em vista atingir a máxima eficiência. E para isso, entendo que  eu vereador, devo me pautar em três prioridades: 1. Atenção aos vulneráveis, 2.  Gestão de Recursos; 3. Lazer e Cidadania. Aliás, é desta forma que o eleitor  encontrará dividido o plano temático da minha plataforma. 

Passo a destacar algumas iniciativas a que me proponho. Antes disso, vale  dizer que, numa leitura do ordenamento municipal de várias outras cidades do Brasil,  é possível identificar iniciativas e leis muito valorosas. Ou seja, não é preciso grandes  esforços para legislar bem e com eficiência. Basta que o vereador tenha capacidade  intuitiva, atenção aos fatos que norteiam a política nacional, e sobretudo, humildade  de se inspirar e correr atrás do bem da população. 

Dentre estas iniciativas de sucesso em outras localidades, merecem breve  destaque os projetos de Lei nº 9.202 do município de Maringá – PR, que dispõe sobre  o Combate à Violência Doméstica contra a Mulher e a Lei nº 12.058 do município de  Sorocaba – SP, que dispõe sobre a Concessão de incentivos e benefícios fiscais para  melhorias nos bairros, ruas e calçamentos. Ambas as leis demonstram eficiência por  indicarem soluções a problemas urgentes de suas realidades e por não onerarem o  município, por isso, ambas se encontram referenciadas em minha plataforma, para  que sirvam de inspiração ao meu exercício legislativo futuro. 

Das iniciativas que me proponho, penso em resolver um problema de grande  expressão na cidade de Campo Largo que é a falta de representação legislativa. Para  isso, pretendo executar o plano de um gabinete itinerante que esteja atento às  necessidades da população, mas que também exerça o papel fundamental de  informar e educar o povo. Por isso, escolhi como mote da minha campanha:  “capacidade para renovar”. Não basta fazermos da Câmara Legislativa um clubinho  de pessoas honestas. Precisamos, além disso, dispor de nomes com competência  para solucionar os problemas do povo. 

Neste processo de propositura de soluções, de entendimento dos problemas e  de escuta do povo que resultou na minha candidatura a vereador tenho descoberto  ainda mais potenciais a serem explorados. Considero-me, por natureza, um ser  otimista. Creio que mesmo diante dos problemas desafiadores, temos condições de  crescer e avançar. Inspiro-me neste processo, no pensamento atribuído a Adam  Smith, o pai do liberalismo econômico: “felicidade é aquilo que ganhamos no agir”.  Quero agir pelo meu povo, quero ter esperança com o meu povo, quero sentir a  felicidade de uma cidade melhor. 

Disclaimer:

O Terraço Econômico abriu uma oportunidade para que candidatos a vereador das eleições deste ano em TODO o país e de QUALQUER partido político enviassem suas contribuições respondendo a questão de como melhorar os seus respectivos municípios a partir da proposição de políticas públicas via Câmara Municipal.

Ressaltamos que todas as OPINIÕES expressas nesses artigos são de TOTAL responsabilidade dos AUTORES.

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