Criptomoedas são seguras? Dicas para não cair em armadilhas!

Um dos aspectos mais perguntados quando o assunto são criptomoedas é a segurança. Quão seguro é ter esse ativo em sua carteira? 

Neste artigo vamos tratar dessa questão de uma maneira mais direta, explicativa e que possivelmente tirará certos medos da sua cabeça!

Importante antes mesmo de iniciarmos é lembrar que cada projeto de criptomoeda precisa ser analisado individualmente, pois cada um deles tem uma história própria, busca resolver certas questões específicas e tem suas vantagens e desvantagens. 

Ainda assim, como você lerá aqui, existem aspectos que acabam servindo para toda essa classe de ativos. Vamos lá!

Criptomoeda pode ser um ativo arriscado?

Como qualquer ativo, as criptomoedas e tokens estão todas sujeitas aos riscos de mercados bem como a outras oscilações normais. Porém, assim como qualquer ativo, inclusive os ativos das finanças tradicionais, existem aqueles que merecem maior atenção e que expõem seus detentores a maiores riscos. 

Além disso, não custa lembrar que a descentralização financeira facilita o desenvolvimento de muitos projetos, bons e ruins. Isso pode inclusive dar vazão a que pessoas com más intenções estejam por trás de alguns projetos criptos. 

Ou, em bom português: criptomoeda não é golpe, golpista pode ser a atitude de quem tenta te convencer que um ativo qualquer pode trazer retorno rápido e sem risco. Isso não existe, tá?

Evitar cair em um eventual golpe com criptomoedas é literalmente a mesma coisa que evitar de cair em qualquer golpe financeiro: desconfie de retornos prometidos (principalmente se forem muito acima da média do mercado), procure saber sobre aquele projeto que está sendo oferecido, sobre como funciona aquela remuneração que está sendo apresentada e, o mais importante, verifique que no nome de quem os recursos ficarão registrados.

Esse último ponto é muito mais importante do que você imagina. De nada adiantará todos os outros pontos serem verdadeiros – haver rendimento, ele ser sólido e fazer sentido – se aqueles recursos que você aportar não estiverem em seu nome. E, novamente, esse tipo de coisa pode acontecer com basicamente qualquer ativo financeiro, não é verdadeiro afirmar que “só acontece com criptomoedas” ou que “se for criptomoeda, é golpe”.

Blockchain: a tecnologia que traz segurança aos projetos cripto

Imagine uma tecnologia que permite não apenas manter os registros de transações com algum ativo financeiro como também deixar bastante fácil e direta a rastreabilidade desses registros, sem dar a possibilidade para que alguém suma com esses dados ou simplesmente os apague. Legal, não é? 

Pois é exatamente isso que faz a tecnologia blockchain, que dá base aos projetos de criptomoedas e tokens.

Essa tecnologia funciona como um enorme livro-razão da contabilidade, porém, com três diferenças fundamentais: primeiramente, é inteiramente digital; em segundo lugar, pode ser geralmente encontrado publicamente por quem utilizar a rede; e em terceiro mas não menos importante, não permite que alguém chegue e apague alguma informação relevante que se queira esconder.

Não é exagero dizer que a tecnologia blockchain seja quase como um “talhar na pedra” em termos de registros. Lembra daqueles desenhos rupestres que você via nas aulas de história muitos anos atrás? Essa tecnologia torna os registros das operações realizadas em redes de projetos cripto tão “eternizados” quanto isso!

Criptos são uma classe de ativos financeiros

Classe de ativos é, de maneira simplificada, um agrupamento comum de diferentes ativos que servem a um mesmo propósito ou minimamente caminham para uma mesma direção. Se isso ficou complicado, pense nos exemplos gerais mais comuns de serem encontrados: a renda fixa e a renda variável.

Quando olhamos para as criptomoedas, seja falando do Bitcoin ou mesmo das altcoins, estamos falando de uma classe de ativos de origem digital, com base em tecnologia blockchain e que buscam, com suas individualidades e peculiaridades, cumprir missões de maneira digital que acabam tendo alguma relação com valores financeiros.

O grande diferencial existente das criptos como sendo uma classe de ativos se dá pela multiplicidade de possibilidades quando o assunto são suas funções e os problemas que buscam resolver. Se olharmos, por exemplo, para um CDB, a ideia é uma instituição financeira captando recursos para suas atividades. Mas, com as criptos, as mais diferentes missões podem acontecer.

Como exemplos, temos desde a comunidade no entorno de uma raça agradável de cachorro (com Shiba Inu e Dogecoin), moedas digitais que buscam acompanhar outras fiduciárias (as chamadas stablecoins) e, é claro, também temos aqueles projetos cujo objetivo principal é servir como meio de pagamento mesmo (tal qual Ripple e Litecoin).

É possível que a confusão existente entre criptomoedas e a eventualidade de um golpe envolva justamente essa enorme diversidade de funções possíveis. Exatamente por esse motivo que sempre recomendamos, antes de decidir ter alguma cripto em sua carteira, estudar um pouco sobre o projeto, para não sair com a sensação de que “caiu em um golpe”.

Como é possível ter, de forma segura, criptos em minha carteira?

Levando em consideração que você, nessa altura do artigo, já entendeu alguns aspectos importantes sobre a segurança das criptos, talvez tenha em mente agora a pergunta “e como faço para ter esses ativos?”. Primeiramente, adiantamos: não é um bicho de sete cabeças!

O caminho a ser seguido pode variar, mas precisa envolver as seguintes etapas: buscar entender com um pouco mais de detalhes sobre o projeto que deseja ter em sua carteira, buscar as exchanges que oferecem aquele projeto, entender um pouco mais sobre a segurança dessas exchanges e então decidir onde abrir sua conta para operacionalizar.

Importante apontar que uma etapa é comprar criptos e outra é realizar o armazenamento delas. É nesse ponto que entra a importância de saber um pouco mais sobre as wallets, que são os locais onde você pode guardar suas criptos. Elas podem ser conectadas à rede o tempo todo (hot wallets, como quando você compra e deixa na corretora), desconectadas (as cold wallets) ou “conectadas a depender da conveniência” (as warm wallets).

Independentemente do meio que você acabe escolhendo, não deixe de pesquisar com bastante atenção sobre a exchange, porque é possível que com ela sua jornada pelo universo das criptomoedas seja bastante positiva – ou uma tremenda fria. Veja sobre a segurança, o que as pessoas estão falando dela e até como reage a situações problemáticas. 

Melhor reservar um tempo com isso antes de colocar recursos, beleza?

Criptomoedas são seguras e estudar ajuda bastante!

Então, sim, as criptomoedas oferecem segurança e você pode ter em sua carteira se quiser. Mas, é claro, o melhor meio possível de fazer isso envolve tomar todos os cuidados que elencamos a você nesse artigo.

Aliás, não podíamos deixar de citar uma coisa importante: você consegue encontrar uma quantidade razoável de informações importantes que podem te ajudar nessa missão nesta coluna do Terraço e também lá no Blog da Bitso!

Caio Augusto

Formado em Economia Empresarial e Controladoria pela Universidade de São Paulo (FEA-RP), atualmente cursando o MBA de Gestão Empresarial na FGV. Gosta de discutir economia , política e finanças pessoais de maneira descontraída, simples sem ser simplista. Trabalha como diretor financeiro de negócios familiares no interior de São Paulo e arquiva suas publicações no WordPress Questão de Incentivos. É bastante interessado nos campos de políticas públicas e incentivos econômicos.
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