O superlativo futuro que nos espera

Números magníficos passaram de sonho a realidade em poucos anos

Em 2012 tivemos o primeiro vídeo no YouTube a superar um bilhão de visualizações. Aliás, dos quase oito bilhões de habitantes que tem nosso planeta, 1,9 são usuários dessa plataforma de vídeos, ou 23,75% da população. Talvez tão interessante quanto isso seja lembrar que partimos da época da popularização da internet  – nos anos 1990 – até os dias atuais de uma velocidade em “banda estreita” de 56,6 kbps em via física para as atuais redes móveis – para smartphones – do 5G alcançando 2,92Gb/s de velocidade. Se a virada do milênio foi de notável avanço, hoje temos observamos esse avanço ocorrendo, a cada dia.

Como em tudo na vida temos pontos positivos e negativos. Do lado do copo meio vazio, a praticamente impossibilidade de se desconectar (seja em aspectos pessoais ou profissionais) e o imediatismo absoluto que nos faz impacientes com meros três segundos de espera, ao mesmo tempo que ficamos satisfeitos em saber que esse tempo de latência praticamente inexistirá com o 5G em operação. Ah, e claro, não podemos deixar de citar também o fato de que, se as máquinas conseguem fazer mais rápido e de maneira mais eficiente os trabalhos mais automatizáveis, elas acabarão por deixar em situação mais precária quem não se preparar com educação para as mudanças que já estão ocorrendo – e canetada nenhuma será capaz de evitar isso.

Porém, olhando os pontos otimistas temos uma infinidade de possibilidades adicionais. Hoje, de qualquer lugar do mundo, bastando um dispositivo com acesso a internet, qualquer pessoa pode virar protagonista de sua própria trajetória profissional. As barreiras à entrada ao mundo do conhecimento se reduziram imensamente. Nunca tivemos uma quantidade tão grande de informação disponível e, como efeito mais recente, há a interação maior entre os rastros que deixamos na rede e como eles nos direcionam respostas.

A internet, em seu princípio, funcionava como uma revista. O usuário abre, verifica as imagens, mas pouco pode reagir àquilo tudo. Mais adiante, numa nova geração, veio a possibilidade de deixar suas marcas – e, seja em fóruns específicos que muitos dos leitores que aqui estão frequentavam ou em redes sociais dos anos 2000 como o Orkut, por exemplo. Seguindo o processo evolutivo, passamos a obter respostas aos nossos questionamentos – sim, as marcas que sempre nos viram falar sem parar agora querem falar conosco de forma aberta. Mas é a revolução que vem a seguir que é realmente superlativa.

A que revolução este que aqui vos escreve se direciona? A da formatação de experiência de acordo com os rastros que deixamos na rede. Ficou difícil? Lembra da última coisa que você pesquisou no Google ou comentou em uma rede social? Já reparou que ela, em muito pouco tempo, virou algo vendável que passou por você como se alguém estivesse lendo seus pensamentos? É dessa revolução que se fala aqui.

Seguindo o caminho de ver os itens, reagir a eles, obter respostas e agora receber personalizações a partir da experiência, não é surpreendente imaginar que a quantidade de dados necessária para tocar todo esse mundo seja substancialmente maior do que aquele que encontrávamos meros trinta anos atrás. Mas é justamente aí que o mundo novo mostra-se possível: com a quantidade colossal de dados que as redes da mais nova geração conseguem transmitir, sequer será necessário no futuro o armazenamento físico dos dados em nossos aparelhos – bastando, antes mesmo que pensemos se é possível mesmo ou não que o armazenamento em nuvem seja suficiente.

Ao contrário do que previam alguns clássicos do cinema como De volta para o futuro, hoje não temos carros voadores, mas a tecnologia é ainda assim impressionante em sua capacidade. Como já dito, a potencialidade de se tornar profissionalmente independente é algo único na história. Conforme artigo publicado pela Betway Cassino, site de caça níquel online, a respeito do que em 1980 previam os especialistas serem as profissões de 2020, boa parte do que se esperava para o futuro vindo especificamente das tecnologias e da automação acabou se confirmando como realidade. Uma das profissões desse levantamento, a de consultor de bem-estar, é facilmente comprovável fazendo buscas sobre algum produto no YouTube; patrocinados por marcas ou não, muitos fazem testes que nos poupam a experiência potencialmente desagradável de fazer uma aquisição da qual teremos arrependimento logo em seguida.

Ainda no campo das grandes previsões, outro artigo da Betway Online Cassino menciona previsões realizadas nos anos 1990 a respeito de como estaríamos em 2020, incluindo um infográfico muito interessante. Com uma margem de acerto ainda maior do que o apresentado no parágrafo anterior, um futuro que levaria em consideração grandes ganhos de escala, uma conexão cada vez maior e um foco em sustentabilidade do planeta parece cada vez mais próximo, se não já mesmo presente. 

Quanto aos ganhos de escala, hoje em aplicativos gratuitos para smartphone temos dezenas de funções diferentes. Sobre a conexão, em termos de comunicação mesmo grandes conglomerados de televisão conseguem fazer reportagens de praticamente qualquer lugar do mundo apenas como uma conexão de rede móvel. O ponto da sustentabilidade é até questionável, mas de fato a rastreabilidade maior possível hoje aumenta o senso de responsabilidade do consumo a cada dia.

Hoje as gerações estão mais focadas na experiência, na usabilidade, no que levaremos na memória, do que necessariamente no acúmulo de bens. É cada vez mais comum ver quem use Uber em vez de ter um veículo, ver quem pede um Rappi no lugar de ir ao supermercado e ver quem alugue um apartamento pela Quinto Andar porque não tem tempo de ir a uma imobiliária. A era da facilitação está diretamente ligada ao que a tecnologia consegue nos proporcionar e, apesar de parecer a cada dia que “não falta mais nada a ser inventado”, outro artigo da Betway nos faz um lembrete importante: as mudanças serão cada vez mais e mais constantes, aceleradas e disruptivas.

Provavelmente ao início deste artigo você deve ter pensado “mas 2012 foi há muito tempo, um bilhão de visualizações no YouTube é algo já superado largamente”. Você está certo: o vídeo mais visto da plataforma hoje já superou 6,6 bilhões de visualizações. É quase como se todas as pessoas do planeta tivessem assistido a música Despacito ao menos uma vez. Mais de 500% de superação do teto máximo do maior alcance de uma plataforma de vídeo em apenas oito anos; plataforma essa que começou em fevereiro de 2005, quase quinze anos atrás.

Por aqui pegamos as visualizações máximas de vídeos no YouTube como proxy dos “super números” que estamos nos acostumando a ver – mas não faltam outros exemplos. O mundo está em uma mudança cada vez mais exponencial e, no fim das contas, fará diferença aquele que souber não necessariamente acompanhar essa quantidade incomensurável de mudanças, mas aquele que mais puder aceitar que precisa se adaptar a elas.

Sejamos todos bem vindos ao futuro superlativo. Um pequeno lembrete: em 2020 estamos mais próximos de 2050 do que de 1970. O futuro – e todos os seus dados, relatos, respostas e acompanhamentos – é cada vez mais presente.

 

Caio Augusto, Editor do Terraço Econômico, assina este artigo.

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