Há quem diga que o ano de 2018 já tenha se encerrado em alguns aspectos. Na política, por exemplo, não é difícil pensar que o ano já tenha se encerrado. Com a maior impopularidade desde a redemocratização para Michel Temer (mais de 80% de ruim/péssimo) e um Congresso altamente preocupado com sua própria reeleição, é difícil imaginar que pautas tão relevantes quanto a reforma da previdência possam ser aprovadas até 31 de dezembro. Porém, engana-se quem imagina que isso significa que as emoções se encerraram.
Internacionalmente, a bola da vez é ficar de olho no movimento da taxa de juros dos Estados Unidos. Após a crise internacional de 2008, os detentores da dívida pública mais segura do mundo colocaram seu rendimento em virtuais 0%, buscando estimular a economia local através de maior liquidez de empréstimos. Dez anos depois, observando que os efeitos começam a ser sentidos em termos de inflação, os EUA começam aos poucos a subir seus juros. Por que isso importa tanto? Porque sua dívida pública passa a ficar mais rentável e, consequentemente, atrair capital do mundo todo. Os mercados emergentes – Argentina, Turquia, Brasil e outros – já estão sentindo o peso disso através da desvalorização de suas moedas.
Confira o artigo na íntegra na Revista da Associação do Comércio e Indústria de Franca (página 42, edição número 264).