Os serviços financeiros tradicionais existem há séculos, o primeiro banco moderno foi criado em 1406 e os serviços eletrônicos em 1983. Por mais que existam mais de 45 milhões de pessoas desbancarizadas, apenas no Brasil, a maior parte da população conhece e já teve um mínimo de contato com os mesmos.
Revolucionar um sistema tão tradicional é um tremendo desafio, mas o Bitcoin já iniciou este movimento tem mais de 10 anos. Recentemente iniciou-se uma febre no mercado das criptomoedas, as finanças descentralizadas (DeFi), que nasceram justamente para revolucionar de ponta a ponta os serviços financeiros tradicionais, como por exemplo o mercado de empréstimos e seguros, trazendo uma grande inovação: a descentralização.
A parte 1 do artigo de hoje é o seu guia para dar os primeiros passos neste novo mundo!
O que são Finanças Descentralizadas (DeFi)?
As Finanças Descentralizadas (ou simplesmente DeFi) se referem a um ecossistema de aplicações financeiras que são construídas no topo das redes blockchain.
Mais especificamente, o termo Finanças Descentralizadas pode ser entendido como um movimento que visa criar um ecossistema de serviços financeiros de código aberto, sem necessidade de permissão (permissionless) e transparente, disponível para todos e operando sem nenhuma autoridade central. Os usuários mantêm controle total sobre seus ativos e interagem com esse ecossistema por meio de aplicações descentralizadas (dApps).
O principal benefício do DeFi é o fácil acesso a serviços financeiros, especialmente para aqueles que estão isolados do sistema financeiro atual. Outra potencial vantagem do DeFi é a estrutura modular em que ele é construído – aplicações interoperáveis DeFi em blockchains públicas podem criar mercados, produtos e serviços financeiros totalmente novos.
Este artigo irá fornecer informações introdutórias sobre o DeFi, suas possíveis aplicações, promessas, limitações e muito mais.
Quais são as principais vantagens do DeFi?
As finanças tradicionais dependem de instituições para atuar como intermediários, como bancos, além de outras como tribunais que atuam como mediadores.
As aplicações DeFi não precisam de intermediários ou mediadores. O código especifica a resolução de todas as possíveis disputas e os usuários mantêm o controle sobre seus fundos o tempo todo. Isso reduz os custos associados ao fornecimento e uso desses produtos e permite um sistema financeiro com menos atritos.
Como esses novos serviços financeiros são implantados no topo de blockchains, pontos únicos de falha são eliminados. Os dados são registrados na blockchain e espalhados por milhares de nós, tornando a censura ou o possível desligamento de um serviço, uma tarefa muito complicada.
Como as estruturas para aplicações DeFi podem ser construídas antecipadamente, a implantação de uma se torna bem menos complicada e muito mais segura.
Outra vantagem significativa de um ecossistema aberto é a facilidade de acesso para indivíduos que, de outra forma, não teriam acesso a nenhum serviço financeiro. Como o sistema financeiro tradicional depende do lucro de intermediários, seus serviços geralmente estão ausentes em comunidades de baixa renda. No entanto, com o DeFi, os custos são significativamente reduzidos e indivíduos de baixa renda também podem se beneficiar de uma ampla gama de serviços financeiros.
É tudo muito novo…
Apesar de existir todo um novo e complexo ecossistema, as finanças descentralizadas são relativamente novas e estão em constante evolução. O que você aprendeu nessa primeira parte do artigo é essencial para poder absorver de fato a parte mais prática e técnica que vamos compartilhar na segunda parte.
Fique ligado em nossa coluna aqui no Terraço que na próxima semana vamos apresentar os casos de uso, explicar a diferença entre DeFi e Open Banking e muito mais.
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