Por que voto em Jair Bolsonaro | Eleições 2022

Caro leitor, primeiramente, antes de iniciar a análise proposta, quero levantar a importância
de debater-se e analisar a política. Tenho percebido cada vez mais um certo afastamento
de pessoas, principalmente jovens, quanto à discussão dessa área primordial, deixando
com que fuja de muitas mãos – na realidade, lê-se aqui mentes – o que é de fundamental
importância para a evolução de qualquer nação. Obviamente que cada um tem o seu direito
de gostar ou não da temática, mas como alerta cabe relembrar aqui a frase atribuída ao
longo da história a um dos maiores filósofos de todos os tempos, Platão, que diz: “Não há
nada de errado com aqueles que não gostam de política, serão simplesmente governados
por aqueles que gostam.”

Partindo agora para o objetivo deste texto, discutirei os motivos do meu voto em Jair
Bolsonaro, candidato do PL à reeleição em 2022. Buscarei ao máximo não fazer nenhuma
inferência moral ou ética aos outros candidatos/partidos, cabendo a cada um julgar de sua
forma. De forma geral, abordarei pontos que acho fundamentais, não obstante, deixo claro
que existem outros relevantes, mas que não terei espaço suficiente para explicitá-los.
Em 2018, tivemos a eleição que se baseou num novo ideal político, para muitos até uma
forma de mudar os caminhos que haviam tempos eram traçados no Brasil – ou até como
uma forma de “protesto” – cada eleitor enxergou de uma forma. Passada as eleições e
começado o novo governo, tivemos um primeiro ano movimentado. Edições de medidas
provisórias, redução do número de ministérios – aqui podemos ressaltar que foi prometido
uma diminuição maior, para 15, quando o alcançado foi 23, porém menor que os governos
anteriores -, dentre outras medidas. Lembrando sempre que as escolhas ministeriais foram
pautadas em competência e não em escambo político.

Em 2020, passamos por um dos momentos mais difíceis e trágicos da história causado pela
pandemia da Covid-19, com muitas críticas ao governo. No âmbito econômico desse
período, tivemos medidas que favoreceram, e, até mais profundamente, salvaram o colapso
da economia brasileira em meio ao lockdown e restrições devido à pandemia. Aqui não farei
juízo sobre as medidas de isolamento. O PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro finalizou o
ano com uma variação de -4,1% em relação ao ano anterior, 2019. Visto de um espectro
singular, pode-se levantar que foi desastroso, no entanto, caro leitor, temos que considerar
o cenário econômico já extremamente abalado por períodos recentes – não farei novamente
nenhuma inferência ou juízo de valor sobre a questão, mas deixo uma dica de leitura para
aqueles a que possa interessar: Anatomia de um desastre: os bastidores da crise
econômica que mergulhou o País na pior recessão de sua história – Safatle, Claudia.
Borges, João. Oliveira, Ribamar.

Voltando à questão, temos então uma economia já fragilizada e um contexto de extrema
quebra de cadeias globais, fechamento de comércios e indústrias. Partimos então para a
comparação: seria tão “desastrosa” a atuação do governo nesse quesito?
Pois bem, tivemos o México com uma queda de -8,3% do PIB, acompanhado de perto por
países desenvolvidos como a Itália com -8,8% de queda e o Reino Unido com -9,9%. Como
medidas de enfrentamento podemos olhar para o Auxílio Emergencial, socorro à aviação
civil, atraso no recolhimento do FGTS e Simples Nacional para dar “fôlego” às empresas,

Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e Renda (BEM) visando preservar
empregos, dentre outros. Fazendo uma síntese até aqui, temos uma taxa de desemprego
decrescente, com um saldo positivo de criação de empregos em 2021 e 2022 (até agora) e
um patamar de 42,2 milhões de empregos com carteira assinada, além disso, tivemos
redução do ICMS para os combustíveis, medida essa que impacta diretamente na
diminuição da inflação no País, tema tão explorado com os juros básicos. Esses dois
últimos, inflação e juros, seguem uma trajetória melhor que muitos países pelo mundo, com
tendência de queda.

Temos ainda, durantes os últimos anos de governo, as seguintes conquistas: reforma da
previdência, novo marco do saneamento, autonomia do banco central, lei das startups, lei
das ferrovias, BR do mar (lei de cabotagem), redução do IPI, lei de modernização dos
cartórios, marco legal das garantias. Poderia citar várias outras, mas ficarei com essas.
A Infraestrutura foi um ponto extremamente explorado durante esse tempo, com resultados
satisfatórios. De acordo com dados da pasta, durante o governo foram realizadas 84
concessões de infraestrutura de transporte com R$ 99,4 bilhões de investimentos
contratados. Além disso, cerca de 280 obras públicas foram entregues nesse período.
Destaca-se a transposição do Rio São Francisco que foi atrasada sucessivamente ao longo
dos anos e finalizada com êxito na atual gestão.

Houve casos de troca de ministros, várias, na verdade, como ocorreu em muitos governos.
Não é estranho a qualquer instituição trocar membros que não se adequaram ao exercício.
Lembrando que o candidato e atual presidente em algumas medidas teve seu veto
derrubado, portanto, não houve culpa. Não entrarei nestas questões, cabe ao leitor, se for
de seu interesse, procurar e entender, inclusive as denúncias de corrupção, seus
desdobramentos, provas e conclusões.

Nesta presente análise verifiquei medidas importantes para nossa evolução como nação.
Não adianta, na minha visão, ficar explorando utopias por utopias, planos tão profundos
como um pires, quando, na verdade, precisamos, gradualmente – e talvez até lentamente –
procurar trabalhar sustentavelmente planos executáveis em cada segmento pertinente. Não
abordei, nem conseguiria, todas as nuances do governo em questão, porém, centrado em
resultados e com a perspectiva de que, se implementados em mais um período, num
cenário mais favorável ou menos impactado, teremos, concretamente, resultados positivos.

Em suma, com uso de análise e meus princípios, tomei a decisão de escolhê-lo como meu
candidato em 2022. Deixando claro aqui, que não existe salvador da pátria ou pessoa
perfeita, sobrando-nos escolher de acordo com nossas avaliações e fatos.

Paz e bem!

Bruno Vasconcelos
Entusiasta de finanças e mercado financeiro


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