O economista e ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central (BC), Alexandre Schwartsman, afirmou que a série de equívocos na política econômica brasileira começou por volta de 2012, quando o governo conclui, erradamente, que a desaceleração da economia era uma consequência da insuficiência de demanda. A partir desse erro de diagnóstico, teriam sido tomadas uma série de medidas equivocadas, como a expansão do gasto público e a redução das taxas de juros pelo Banco Central, que empurram o país para a crise fiscal.
“Tentaram criar demanda de todas as formas com a política fiscal, com a política parafiscal e com a política monetária”, criticou o economista durante o evento “Economia em foco”, organizado pelos estudantes de economia do Diretório Acadêmico da Fundação Getulio Vargas (DAGV), no dia 16 de maio.
Schwartsman diz que um estudante do segundo ano da faculdade de economia seria capaz de perceber que a desaceleração não estava ligada a questão da demanda. “Está no manual de macroeconomia, uma economia com a inflação acelerando, com o déficit externo abrindo e com o preço dos serviços em alta está operando em pleno emprego, logo, a desaceleração deveria ser associada a um problema da oferta”.
O economista se mostrou pessimista quanto as possíveis saídas políticas para a crise, ele alerta: “Se não fizermos a lição de casa no fiscal teremos a aceleração inflacionária”.
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