Obra de arte pode ser investimento? A resposta vai te impressionar!

Não sei se você que abriu esse artigo costuma ir a teatros, visitar museus ou interagir com alguma esfera de arte em seus – claro, excluindo o caso de ser você uma pessoa que esteja nesse universo profissionalmente. 

Em todo caso, se tem um campo da atividade humana que parece estar sempre sujeito a subjetividade, esse é o da arte.

Arte é algo que depende de sensibilidade, de observação e, por mais que muito se busque definir nos dias atuais (no debate amplo sobre “o que é e o que não é arte”), é algo aberto e bastante dependente da visão que cada pessoa tem do mundo.

Em uma propaganda de anos atrás, daquelas que são tão boas que nem parecem publicidade, a Pinacoteca de São Paulo colocou isso em voga: algumas pessoas passavam diante de um quadro de Tarsila do Amaral e se perguntavam sobre várias questões a respeito daquele quadro. No final, uma conclusão interessante: na arte, não existe certo ou errado.

Levando isso tudo em consideração, como é possível considerar arte como sendo um investimento? É exatamente essa hipótese que será testada nesse artigo – e, pequeno spoiler, você vai ver como a resposta acaba sendo um sonoro sim!

Sem mais spoilers, vamos descobrir como obras de arte podem ser consideradas investimento e como essa modalidade pode estar mais acessível do que você imagina!

O que define algo como sendo um investimento?

Investimento é algo que, disponível em um mercado, permite que pessoas ou empresas disponibilizem ativos para que pessoas ou empresas possam adquirir esses bens na expectativa de alcançarem retorno financeiro ao longo do tempo. Ou seja, é esperado que o que foi comprado valorize depois de um certo período.

A definição parece ampla, mas fica um pouco mais ilustrativa quando pensamos nos mercados disponíveis e como eles estão próximos a nós.

Grosso modo, existem basicamente dois mercados possíveis: o dos ativos financeiros e o dos ativos alternativos. Os financeiros são aqueles ligados estritamente aos títulos de ações e dívidas, ou seja, relacionados a como o mundo se financia de alguma maneira. Já os ativos alternativos são aqueles ligados a aspectos diretos da economia real.

Tudo bem, possivelmente todos esses aspectos você já estava por dentro, principalmente se acompanha essa ala de artigos sobre Ativos Reais aqui do Terraço. Mas como é que a arte entra nisso tudo?

Vemos que a arte entra como investimento a partir do momento em que os três itens do que pode compor um investimento estão presentes: existem os artistas que produzem e ofertam suas obras, os demandantes que as compram e as transações ao longo do tempo que buscam obter ganhos financeiros.

Ainda que, como já falamos, exista um elevado fator de subjetividade – as pessoas podem observar uma mesma coisa de maneiras bem diferentes -, temos fluxos financeiros envolvidos nessa busca de itens que justificam a formação de um mercado de colecionadores. Aliás, se você quiser saber mais sobre colecionismo (que pode envolver arte ou não), temos outro artigo específico sobre esse mercado.

Por fim, mas não menos importante, é preciso citar um fator super importante da economia e que aparece com força quando falamos de obras de arte: a escassez. Um quadro ou uma pintura tem seu valor porque é um artigo único, escasso. E isso tem relação direta com o preço de mercado daquele item.

Arte e a dificuldade clássica dos mercados de ativos alternativos

Vamos imaginar que estamos todos na mesma página: quem escreve esse artigo agora e quem o lê ambos sabem então que arte pode mesmo ser um investimento e movimentar mercados. 

A problemática agora está sobre como fazer isso de maneira concreta.

Uma dificuldade presente em basicamente todos os mercados de ativos alternativos é a formação de um mercado que consiga estar acessível a quem o procura. Aqui não necessariamente estamos falando de valores acessíveis, mas de literalmente encontrar maneiras de participar das negociações.

Procurando algum fundo de investimento, ação, título do Tesouro Direto ou até mesmo algum instrumento financeiro mais complexo, basta encontrar alguma corretora que consiga ter tal ativo em sua prateleira e, de modo bastante tranquilo e transparente, fazer a aquisição por meio dessa mesma plataforma. 

Com a arte, assim como em outros ativos alternativos, a dificuldade de encontrar esse meio de transacionar é notável.

Como fazer parte do mercado de arte?

Quando falamos de arte, são basicamente três os meios possíveis de se conseguir fazer parte dessa gama de negociações: diretamente com o artista que produz as obras, através de uma galeria de arte ou utilizando a plataforma dos nossos parceiros da Hurst Capital.

A primeira forma depende do conhecimento de pessoas que produzem arte e, principalmente, itens que pareçam ter valor comercial de revenda. O problema maior está, para além de conhecer essa primeira parte, em verificar como seria possível obter a segunda parte da transação – a venda para uma outra parte buscando resultado financeiro.

O segundo meio apresenta uma possibilidade maior de negociações do que o primeiro, tendo em vista o fato de que em uma galeria de arte existem pessoas especializadas não apenas em conhecer pessoas que produzem arte como conectá-las a pessoas interessadas em comprar e vender esses itens. A dificuldade aqui está na regionalização dessas instituições e no fato de que, na imensa maioria dos casos, elas são fechadas a clientes muito específicos (e geralmente de renda elevada).

Temos no terceiro meio uma possibilidade mais acessível e palpável de conseguir ter presença no mercado de arte: além de existir o ativo e a plataforma que permite as negociações, a verificação de todos os aspectos que envolvem a parte final (vender os itens e conseguir retorno financeiro com isso) já é realizada diretamente pela plataforma.

Qual é a oportunidade que a Hurst oferece nesse mercado?

Apresentamos a você primeiramente as vantagens da negociação de ativos de arte por meio de uma plataforma, como é o caso do que nossos parceiros da Hurst Capital, mas é preciso apresentar o que existe de disponibilidade nesse momento.

A oportunidade existente no momento em que esse artigo foi ao ar – e que encerra sua captação em 31/01/2023 – é a de, a partir de R$5.000,00 de investimento inicial, ter acesso a tokens de duas obras do acervo da artista Judith Lauand.

Um detalhe que não te contamos na parte anterior mas que entra como vantagem adicional nessa operação pela plataforma da Hurst é justamente o fato de que você, caso decida ter esse investimento em sua carteira, terá a propriedade de tokens da obra. Na prática, isso significa que a negociação é ainda mais direta, pois você, diferentemente do que aconteceria se tivesse comprado as obras direto da artista ou em uma galeria de arte, apenas precisa vender sua participação (por meio de tokens), não a obra inteira.

Outra boa notícia que vale destacar é o fato de que a tecnologia de segurança que dá base a esses tokens é a dos NFTs, o que significa que fica ainda mais direto não apenas comprar seu pedacinho desse acervo como também negociá-lo mais adiante e ter o rastreamento dessa propriedade ao longo do tempo.

Isso evita, por exemplo, acontecimentos como os retratados no documentário Fake Art (disponível na Netflix), que conta sobre o escândalo ocorrido em uma galeria de arte centenária de Nova York que era baseado na venda de obras falsas por milhões de dólares a clientes de alta renda. Com a segurança trazida pelos NFTs, a possibilidade de ocorrer algum evento do tipo tende a zero.

Não é preciso abandonar a subjetividade para encarar a arte como investimento!

Existe uma frase atribuída a Oscar Wilde que brinca com a relação entre dinheiro e arte:

“Quando banqueiros jantam juntos falam de arte. Quando artistas jantam juntos falam de dinheiro.”

Colocamos essa pequena provocação para encerrar o artigo por um motivo bastante específico: há quem pense que arte e dinheiro não podem se misturar, porque um estaria necessariamente a serviço de “quebrar o encanto” do outro.

No entanto, se olharmos com bastante detalhe, possivelmente o lugar mais encantado do planeta – a Disney – produz trabalhos artísticos há décadas e nem por isso deixou de ser um lugar amplamente lucrativo e desejado, tanto por seus produtos como também por ter em seus parques destinos sonhados globalmente por milhões de pessoas todos os anos.

Fazemos um apelo aqui: não se deixe enganar pela ideia de que existe alguma contaminação entre arte e dinheiro e que seria impossível se beneficiar dessa relação. Além do apelo, uma recomendação: se quiser saber mais sobre como funciona especificamente o mercado de arte, incluindo alguns números do setor, pontos positivos e negativos, vale conferir o material que a Hurst Capital preparou sobre o assunto.

Não sabemos se você que leu este artigo é banqueiro, artista ou nenhum dos dois. Só esperamos sinceramente que, diante da descoberta de algo que pode servir para o seu perfil de investimento, não deixe passar a oportunidade sem que seja aproveitada!


Disclaimer:

As informações contidas nesta coletânea de artigos são de caráter meramente informativo e não constituem qualquer tipo de aconselhamento de investimentos, não devendo ser utilizadas para esta finalidade. Cabe ao investidor analisar os riscos envolvidos na operação e decidir colocar seus próprios recursos ou de terceiros nessa modalidade de investimento.

O papel do Terraço Econômico é fornecer conteúdo a respeito do assunto e, dessa forma, não se responsabiliza pelo desempenho das operações oferecidas pela plataforma da Hurst Capital.

Por fim, é importante relembrar que rentabilidade passada não é garantia de rentabilidade futura.

Caio Augusto

Formado em Economia Empresarial e Controladoria pela Universidade de São Paulo (FEA-RP), atualmente cursando o MBA de Gestão Empresarial na FGV. Gosta de discutir economia , política e finanças pessoais de maneira descontraída, simples sem ser simplista. Trabalha como diretor financeiro de negócios familiares no interior de São Paulo e arquiva suas publicações no WordPress Questão de Incentivos. É bastante interessado nos campos de políticas públicas e incentivos econômicos.
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