Quais são as principais criptomoedas?

Aqui nesta coluna e no blog da Bitso você já aprendeu com a gente algumas coisas, como o que são corretoras, como funciona o mercado de criptomoedas, como você faz para comprar e vender criptomoedas e muitos outros temas. Tendo lido sobre tudo isso e demonstrado interesse,é válido pensar que agora possivelmente te passou pela cabeça quais seriam as principais criptomoedas que existem disponíveis para compra e venda.

Caso isso tenha acontecido, você chegou ao artigo certo, é exatamente sobre isso que vamos falar aqui!

Para que tenhamos uma linha de raciocínio, afirmamos desde já que a intenção será falar de maneira resumida sobre algumas peculiaridades das dez maiores criptomoedas existentes e que o critério utilizado é o chamado market cap, que nada mais é que a multiplicação da cotação da criptomoeda e a quantidade de unidades disponíveis no mercado.

Outro ponto que vale desde já afirmar é que esses são dados referentes ao final de maio de 2022. É importante deixar isso claro porque nesse mercado, que nunca dorme, os preços estão sujeitos a enormes variações ao longo do tempo, tanto para cima quanto para baixo.

Feitos todos esses esclarecimentos – estamos na mesma página, vamos então aprender um pouco mais sobre as dez maiores criptomoedas!

Bitcoin (BTC)

Muito provavelmente essa é a que você mais ouviu falar até hoje. Criada no seio da crise financeira de 2008, pela figura antológica de nome Satoshi Nakamoto (cuja real identidade não foi descoberta até hoje), essa criptomoeda abriu diversos caminhos no mundo das Finanças Descentralizadas e acabou gerando diversos projetos que buscam completar suas funções.

Sua ideia original é a de servir como um meio alternativo ao sistema financeiro global tradicional, gerando desintermediação bancária, maior velocidade nas transações, segurança de dados e uso das blockchains para conferência e registro de informações.

Sua cotação está ao redor de US$20 mil dólares (embora tenha superado o triplo disso) e seu market cap supera US$500 bilhões. A oferta total de unidades é de 21 milhões e, até, hoje já foram mineradas pouco mais de 19 milhões delas.

Ethereum (ETH)

Trata-se de uma das alternativas mais bem sucedidas ao Bitcoin. Surgiu entre 2013 e 2014 com participação principal de Vitalik Buterin, mas que também contou com outros co-fundadores. Diferentemente da intenção do Bitcoin, que seria basicamente de criar uma alternativa ao mundo financeiro, serviu desde o princípio e ainda serve para outras aplicações dos chamados DApps, que são aplicativos descentralizados que acabam agregando segurança a diversos processos que vão além do mundo dos pagamentos.

Um fato interessante sobre essa criptomoeda é que possui uma fundação que conta com diversas empresas ao longo do planeta pensando em soluções de uso, a Ethereum Foundation. Esse tipo de ampliação e discussão de uso da rede faz com que esse projeto tenha ganhado tanto destaque ao longo dos anos.

Sua cotação atual circula em torno de US$2.000,00 (chegou a superar 2,5x isso) e seu market cap se aproxima de US$250 bilhões. Existem mais de 120 milhões de unidades em circulação.

Tether (USDT)

Essa criptomoeda faz parte do campo das chamadas stablecoins, que são aqueles projetos que buscam certa paridade com alguma moeda fiduciária. Criada em 2014 por Brock Pierce, Reeve Collins e Craig Sellars, originalmente com o nome de Realcoin, esse projeto tem paridade 1:1 com o dólar americano. Começou na rede blockchain do Bitcoin mas depois acabou aparecendo também em outros blockchains tais quais Ethereum, Alrogand e Tron.

Em se tratando de uma stablecoin, temos que essa criptomoeda buscar ter um lastro na moeda que busca se aproximar do valor. Com isso, diferentemente de outros projetos, suas cotações não vão variar muito, se aproximando sempre de US$1 por unidade.

Sua cotação atual é muito próxima de US$1 (na maioria do tempo é superior a US$0,99) e seu market cap supera US$70 bilhões. Existem mais de 73 bilhões de unidades disponíveis.

LiteCoin

Já no seu nome, o ativo busca passar a mensagem do que pretende ser: Lite vem de Light, que é leve em inglês. Você pode chamar de Litecoin ou mesmo mais diretamente de LTC, que é o ticker, o código utilizado nas transações.

Partindo das mesmas ideias que originaram o Bitcoin (e até o mesmo código), os seus desenvolvedores buscaram criar uma moeda digital com capacidade de servir transações mais rápidas e de menor valor, quase como se fosse para te oferecer uma alternativa nova ao dinheiro ou a meios de pagamento tão comuns como o cartão de crédito.

Sua cotação atual está nas proximidades de US$50 (tendo superado quase US$300 algum tempo atrás) e seu market cap é superior a US$4 bilhões. Existem mais de 70 milhões de unidades em circulação.

USD Coin (USDC)

Tal qual a Tether, aqui temos mais uma stablecoin que busca paridade ao dólar. Teve seu lançamento realizado em 2018 e seus co-fundadores são Jeremy Allaire e Sean Neville.

Duas curiosidades sobre essa criptomoeda são o fato de que ela também conta com uma empresa que cuida de seu desenvolvimento, o consórcio The Centre (esse que, segundo seus fundadores, assegura que as unidades de USDC sejam emitidas todas por instituições financeiras regulamentadas) e, em seu lastro, existe uma mistura entre dólares americanos e títulos do tesouro dos EUA.

Sua cotação circula em torno de US$1 (costuma ficar ligeiramente acima disso, mas sem se distanciar muito) e seu market cap supera US$50 bilhões. Existem mais de 53 bilhões de unidades disponíveis.

Ripple (XRP)

Criada em 2012 por David Schwartz, Jed McCaleb and Arthur Britto pelo nome de XRP Ledger (e com a contribuição logo em seguida ainda naquele ano de Chris Larsen), é gerida por uma empresa de nome Ripple e, se nesse universo cripto ela estar presente há tanto tempo pode parecer que trata-se de um projeto antiquado, você logo terá se enganado.

A ideia dessa criptomoeda é de ser uma alternativa ecologicamente correta, além de mais rápida, mais eficiente e com taxas menores do que o Bitcoin. Além disso, não se limita só a essa função, acaba abraçando também campos como o da tokenização, DeFi e até mesmo stablecoins.

Sua cotação está ao redor de US$0,40 (embora tenha superado US$3,35 em sua maior cotação) e seu market cap se aproxima de US$20 bilhões. Existem pouco mais de 48 bilhões de unidades disponíveis e o total da oferta de moedas é de 100 bilhões de unidades.

BUSD

Temos aqui uma criptomoeda ligada a exchange Binance, no modelo de stablecoin que busca paridade com o dólar. Foi lançada em 2019, é regulada pela New York State Department of Financial Services e tem como objetivo ser uma alternativa digital ao dólar, mas com base em uma rede blockchain (no caso a rede Ethereum).

Por ser regulada, passa mensalmente por auditorias (que ficam disponíveis em seu site) e acabou ganhando bastante notoriedade, sendo a terceira maior stablecoin, ficando apenas atrás de Tether e USD Coin, também aqui nessa lista.

Sua cotação está sempre próxima de US$1, como era esperado, e seu market cap é superior a US$18 bilhões. São cerca de 18 bilhões de unidades disponíveis no mercado.

Cardano (ADA)

Criada em 2017 com inspiração no polímata italiano do século XVI Gerolamo Cardano (e cuja sigla, ADA, tem inspiração naquela que é conhecida como a primeira programadora do mundo, a matemática Ada Lovelace), teve como seu fundador Charles Hoskinson, que também foi um dos co-fundadores da rede Ethereum.

A grande novidade que essa criptomoeda traz é que roda no chamado Proof of Stake, mecanismo que demanda menos energia e menor capacidade computacional. Essa tecnologia é diferente do Proof of Work, de redes como o Bitcoin. Além disso, trata-se de um dos projetos do universo cripto que mais busca a descentralização pura em todos os processos, dando bastante autonomia e voto para quem participa da rede.

Sua cotação atual está ao redor de US$0,50 (chegou a quase seis vezes isso em sua maior cotação) e possui market cap próximo de US$18 bilhões. São quase 34 bilhões as unidades disponíveis e o total de oferta é de 45 bilhões de unidades.

Solana (SOL)

Um de seus criadores, o mais relevante deles, é Anatoly Yakovenko, pessoa que teve passagens importantes por cargos de engenharia na Qualcomm e também no Dropbox. Gestou a ideia desde 2017 e, junto de outro co-criador chamado Greg Fitzgerald, fez com que ela se tornasse realidade como projeto cripto em 2020.

Sua maior inovação foi ter trazido um protocolo adicional, diferente do Proof of Work e também do Proof of Stake, o chamado Proof of History. O grande diferencial desse novo protocolo é permitir maior escalabilidade sem aumentar custos. A intenção desse projeto é atender a demandas de mais rápido processamento de transações sem que isso gere surpresas em termos de taxas para quem utiliza a rede.

Sua cotação atual se aproxima de US$50 dólares (o maior valor alcançado foi 5x isso) e o market cap é ligeiramente inferior a US$17 bilhões. Existem 339 milhões de unidades disponíveis no mercado.

Dogecoin (DOGE)

Muito provavelmente você já ouviu falar dessa criptomoeda por algum meme comentado por Elon Musk. E é exatamente isso que essa criptomoeda é: uma memecoin. Seus criadores são o americano Billy Markus e o australiano Jackson Palmer. Um fato curioso: essa moeda é um hard fork de Litecoin realizado em 2013.

A intenção principal dessa moeda digital é, além de fazer uma homenagem à raça de cachorros presente em seu símbolo (a Shiba Inu), desenvolver um mercado de imagens associadas a essa raça, além de, ser um meme e ficar próximo de uma comunidade que apoia. Existe até uma fundação com esse nome, criada em 2014 e relançada em 2021, com o objetivo de fomentar essa criptomoeda.

Sua cotação atual de aproxima de US$0,08 (tendo tido valor 8,5x maior em seu ápice) e possui market cap próximo de US$11 bilhões. Outro fato curioso é que no máximo chegou a ter market cap superior a US$50 bilhões, o que significa que esse projeto nesse momento tinha, sozinho, valor de mercado superior ao do Banco Itaú. São cerca de 132 bilhões de unidades disponíveis.

Como faço para comprar essas criptomoedas?

O passo mais simples é abrir uma conta em uma exchange e procurar em seu porfólio de criptomoedas, para então fazer a conversão entre o saldo que você tiver lá (fiduciário ou em outras criptomoedas) e esses projetos.

Em nossa parceira Bitso, você consegue encontrar Bitcoin, Ethereum, Tether, LiteCoin, XRP, Cardano, Solana e Dogecoin e muitas outras. Fique de olho que novos tokens podem entrar a todo momento por lá, beleza?

Recomendamos que você pesquise mais sobre um projeto de criptomoeda antes de pensar em ter essa moeda digital em sua carteira, aqui fizemos uma listagem rápida contando alguns aspectos principais apenas, para fins de conhecimento. Alguns desses projetos você consegue encontrar mais informações no Blog da Bitso, combinado?

Até o próximo capítulo em nossa jornada sobre o universo cripto!

Caio Augusto

Formado em Economia Empresarial e Controladoria pela Universidade de São Paulo (FEA-RP), atualmente cursando o MBA de Gestão Empresarial na FGV. Gosta de discutir economia , política e finanças pessoais de maneira descontraída, simples sem ser simplista. Trabalha como diretor financeiro de negócios familiares no interior de São Paulo e arquiva suas publicações no WordPress Questão de Incentivos. É bastante interessado nos campos de políticas públicas e incentivos econômicos.

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